É muito difícil resistir aos encantos do shar-pei, com o seu corpo cheio de dobrinhas e a sua quase exclusiva língua azul, caraterística que partilha com apenas os chow-chows e com alguns akitas. Todos têm ascendência asiática, o que pode explicar o atributo genético.
Conteúdo sobre o shar-pei:
A substância que confere a cor azul à língua do shar-pei é a melanina, a mesma que determina a cor dos pelos e da pele. Os recém-nascidos ainda não apresentam esta característica, que só se manifesta depois dos três meses de idade.
Shar-pei significa “pele de areia”, em mandarim. A pele destes cães é bastante áspera, com uma textura arenosa. O pelo também é áspero ao toque (apesar de curto, é bastante cerrado e denso). A pelagem quase espinhosa, que chega a causar reações em pessoas alérgicas, o fez ficar conhecido também como “cão de pele de tubarão”.
Um pouco de história do shar-pei
A raça shar-pei é muito antiga: há registros de cães muito parecidos citados, desenhados ou descritos em documentos da dinastia Han, que governou a China de 206 AEC a 220 EC, além de esculturas da mesma época em Hong Kong.
Apesar disso, o shar-pei é considerado um cachorro raro: em 1966 e 1978, ele figurou como a raça mais rara do mundo no Livro Guinness dos Recordes. O cachorro já exerceu funções de guarda, caça e combate. Algumas lendas chinesas contam que cães da raça eram capazes de carregar caldeirões com resinas flamejantes, que eram atiradas sobre as tropas inimigas.
A raridade pode ser explicada porque ele não era conhecido no Ocidente até os anos 1970. Mui Chu foi o segundo shar-pei a ser importado nos EUA e o primeiro a participar de uma exposição oficial, organizada pelo Golden Gate Kennel Club, de San Francisco, em 1973.
O cachorro provavelmente teve origem e se desenvolveu em Kwun Tong, um distrito de Hong Kong banhado pelo mar da China meridional, onde foram encontradas as esculturas de argila datadas de mais de dois mil anos. Em pouco tempo, ele já era conhecido em outras regiões do império chinês.
Durante a dinastia Han, shar-peis eram mantidos nos cemitérios da nobreza chinesa, para vigiar as sepulturas. Ele também acompanhou as primeiras expedições através da Rota da Seda, que ligava a China à Turquia e, por extensão, ao Oriente Médio e à Europa.
No final da Era Han, ocorreram diversas revoltas de camponeses contra os privilégios da nobreza. O shar-pei perdeu as funções oficiais junto às tumbas e acabaram sendo aproveitados em rinhas de cães. A pele solta era uma proteção contra ferimentos em órgãos internos, mas, apesar da resistência maior, muitos cães morriam nessas lutas.
Por causa da sua coragem e ousadia, o shar-pei também é chamado de “cão de luta oriental”, “gladiador chinês” e “buldogue chinês”, apesar de não ter nenhum parentesco próximo com os buldogues.
O shar-pei também foi usado para acompanhar rebanhos de gado bovino. Como boiadeiros, os cães da raça desenvolveram características que se mantêm até hoje. Eles são silenciosos e tranquilos, mas alertas e teimosos.
A raça quase foi extinta na década de 1950, durante a Revolução Cultural. Os líderes chineses, com Mao Tsé-Tung à frente, encaravam a convivência com animais de estimação como uma prática burguesa. No entanto, a maior parte da população, especialmente no interior do país, continuou mantendo cães e gatos.
O padrão da raça shar-pei
O shar-pei pertence ao Grupo 2 da Federação Cinológica Internacional (FCI), dos cães pinscher e schnauzer. Ele está classificado na seção 2.1, dos animais molossoides do tipo mastife. Trata-se de um cachorro para guarda e defesa.
De acordo com o padrão mantido no site da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), ele é um cachorro de porte médio, muito ativo. O corpo é compacto, curto e quadrado. Além da língua azul e das rugas espalhadas principalmente na cabeça e no dorso, as pequenas orelhas e o focinho imenso são as características mais marcantes da raça.
As orelhas miúdas são uma reminiscência da época em que o shar-pei foi usado em lutas contra outros animais. Pequenas e caídas, elas não permitiam que os adversários agarrassem estes cães com facilidade. As dobras da pele também dificultavam a vida dos rivais.
Os machos são maiores e mais robustos. A altura do shar-pei, da cernelha ao chão, é proporcionalmente igual ao comprimento do tronco, do esterno à nádega (as fêmeas são um pouco mais alongadas). O comprimento do focinho é praticamente igual ao do topo do crânio.
A cabeça do shar-pei
Em proporção ao corpo, a cabeça é um pouco grande. As rugas são abundantes, a partir da testa. As dobras das bochechas se estendem para baixo, formando uma papada.
O topo do crânio é plano e largo. O stop é moderado, em parte oculto pelas dobras. A trufa é grande, larga, de preferência preta, mas pode ser de outras cores que se harmonizem com a cor da pelagem. As narinas são bem abertas.
O “focinho de hipopótamo”, característico da raça, é largo desde a raiz até a ponta da trufa, sem sugerir afilamento. Os lábios e a parte superior do focinho são bem carnudos. Uma ligeira protuberância na base da trufa é permitida.
Na boca, a língua, o céu da boca, as gengivas e os lábios são preferencialmente azulados, em tons mais escuros ou mais arroxeados (nos cães de pelagem clara, é permitida a cor lilás ou lavanda). A língua manchada de rosa é tolerada, mas totalmente rosada é altamente indesejável.
A mandíbula e o maxilar são fortes, com oclusão perfeita em tesoura: os incisivos superiores ultrapassam os inferiores levemente (os dentes chegam a raspar uns nos outros). Todos os incisivos são inseridos em ângulo reto nas gengivas. A espessura do lábio inferior não pode ser excessiva a ponto de prejudicar a mordedura.
Os olhos são escuros e amendoados, conferindo uma expressão carrancuda ao shar-pei. A cor clara é permitida em cães de pelagem clara (a chamada pelagem diluída). O funcionamento dos globos oculares e das pálpebras não deve ser dificultado ou prejudicado por causa dos pelos ou das dobras. Qualquer sinal de irritação nos olhos é indesejável. O shar-pei não pode ter entrópio nem ectrópio.
As orelhas são muito pequenas e bem espessas, com formato de triângulos equiláteros. As pontas são ligeiramente arredondadas. São inseridas altas, com as pontas dirigidas para os olhos. São colocadas separadas uma da outra, bem adiante dos olhos, mas próximas ao topo do crânio. As orelhas eretas são indesejáveis.
O pescoço, de comprimento médio, é forte e bem implantado nos ombros. Abaixo do pescoço, a pele solta não deve ser excessiva.
O tronco do shar-pei
As dobras de pele devem ser moderadas e limitar-se à cernelha e à raiz da cauda. O excesso e a presença em outras áreas do tronco são altamente indesejáveis nos shar-peis adultos.
A linha superior do tronco desce ligeiramente atrás da cernelha, para levantar-se ligeiramente acima do lombo.
O dorso é curto e forte. O lombo, curto, largo e ligeiramente arqueado. A garupa é plana e o peito, largo e profundo (a região do esterno chega ao nível dos cotovelos). A linha inferior levanta-se ligeiramente debaixo do lombo.
A cauda é grossa e redonda na raiz, afilando-se gradualmente para a extremidade. A inserção é bem alta. Pode ser portada alta ou em curva, em anel fechado, enroscada sobre o dorso ou caindo para um dos lados.
Os membros do shar-pei
As pernas dianteiras apresentam comprimento moderado e boa ossatura. Não há dobras de pele nos membros dianteiros do shar-pei.
Os ombros são musculosos, bem colocados e inclinados. Os metacarpos, fortes e flexíveis, são ligeiramente inclinados.
Os membros posteriores são fortes, musculosos e moderadamente angulados. Vistos de trás, são perpendiculares ao chão e paralelos entre si. Não é desejado que haja rugas nas coxas, nos metatarsos e na pele grossa dos jarretes.
As patas apresentam tamanho médio, são compactas e bem fechadas. Os dedos são bem articulados. Nas patas traseiras não deve haver ergôs.
O movimento preferido do shar-pei é o trote. A movimentação é livre, ativa, balanceada, com bom alcance dos membros anteriores e boa propulsão dos posteriores. À medida que a velocidade aumenta, as patas tendem a convergir para uma linha central. A movimentação saltitante, com passos curtos e pernas mantidas longe do abdômen, é indesejável.
Pele e pelagem do shar-pei
O pelo do shar-pei é curto, duro e eriçado, uma característica notável na raça. No tronco, a pelagem é reta e separada e nos membros, mais assentada. A raça não apresenta subpelo. O comprimento dos fios pode variar de 1 cm a 2,5 cm e nunca deve ser tosado.
Para o shar-pei, todas as cores sólidas são aceitas, com exceção do branco. Na cauda e na parte posterior das coxas, a pelagem pode ser mais clara, enquanto um sombreado no dorso e nas orelhas é admissível.
Desde que a coloração seja sólida (homogênea em todo o corpo), o shar-pei pode ser:
- abricó – desde o bege escuro ao bronze, passando por tons dourados. É a cor mais comum;
- preto – pode apresentar tons mais claros (acinzentados) nos flancos e na parte interna das coxas. É uma das cores mais comuns;
- azul – os tons variam dos mais claros ao cinza-chumbo azulado. É uma cor rara;
- creme – em vários tons a partir do loiro palha, a pelagem é mais clara do que a dos cães abricó;
- chocolate – é um marrom mais avermelhado. Também é conhecido como fígado;
- marrom – os tons castanhos prevalecem e são mais escuros do que o chocolate;
- lilás – é um branco perolado, com tons acinzentados e prateados. Um shar-pei lilás é uma verdadeira raridade;
- vermelho – é uma variedade do abricó, em um tom mais escuro do dourado;
- flowered – é uma variedade mais recente, que une o preto e o branco, com salpicados na pelagem clara. Não é reconhecido pela maioria dos criadores e associações cinológicas.
Os olhos do shar-pei quase sempre são escuros. Nos cães creme e abricó, eles podem apresentar tons mais claros de castanho.
O tamanho do shar-pei
Machos e fêmeas medem de 44 cm a 51 cm de altura na cernelha. Os machos são mais quadrados e as fêmeas, mais alongadas. As fêmeas são mais leves: pedem de 18 kg a 25 kg, enquanto os machos ficam com 25 kg a 30 kg.
Os shar-peis crescem muito rapidamente. Um filhote de três meses pesa de 7 kg a 9,5 kg e, ao atingir um ano de idade, já pode estar beirando os 25 kg. Mesmo assim, a maturidade sexual e o crescimento físico se completam apenas quando eles chegam aos 16 meses.
As faltas da raça
Em competições e exposições oficiais, qualquer desvio dos termos do padrão oficial é considerado falta, punida conforme a gravidade para a conformação do animal. Estes critérios não são aleatórios: eles são definidos de acordo com os efeitos que possam gerar para a saúde, a funcionalidade e o bem-estar dos cães.
As faltas graves são as seguintes:
desvio da oclusão em tesoura (provisoriamente, permite-se um prognatismo pouco acentuado, mas os criadores da raça estão comprometidos em eliminar esta característica);
- focinho pontudo;
- língua manchada, com exceção das manchas rosadas;
- orelhas grandes;
- inserção baixa da cauda;
- pelos com comprimento acima de 2,5 cm.
Estas condições podem desqualificar os cães em eventos oficiais:
- focinho plano, com retrognatismo ou prognatismo pronunciado;
- língua cor-de-rosa sólida;
- lábio inferior dobrado para dentro, prejudicando a mordedura;
- olhos redondos ou protuberantes;
- entrópio ou ectrópio;
- dobras de pele que prejudiquem a visão;
- orelhas eretas;
- corte da cauda ou cauda naturalmente curta;
- dobras de pele profundas no tronco, com exceção da cernelha e da raiz da cauda;
- cores não sólidas de pelagem (bicolor, tricolor, albino, tigrado, preto e castanho, marcações de fogo (como as exibidas pelo doberman e o rottweiler);
- anomalias físicas ou comportamentais evidentes;
- timidez ou agressividade excessiva.
Qualquer alteração física artificial no shar-pei, particularmente nos lábios e pálpebras, elimina o animal das exposições e competições oficiais.
A saúde do shar-pei
O shar-pei é um cachorro rústico bastante resistente. A raça vem sendo aprimorada há séculos e, por isso, os cães atuais, como regra geral, gozam de boa saúde.
Mesmo assim, todas as raças caninas são suscetíveis a determinadas enfermidades específicas – e o shar-pei não é exceção. A pouca diversidade genética, que é bastante atenuada nos cães mestiços e principais nos sem raça definida, explica algumas condições hereditárias.
Um ponto a ser observado é a eliminação das fezes. O shar-pei possui um sistema digestório bastante sensível e alterações na dieta e mesmo nas condições climáticas podem ser motivos para diarreias.
Os cães da raça também podem sofrer com diarreia em função de algumas alergias alimentares, infestação por vermes e ingestão de itens fora da rotina – inclusive alguns não comestíveis: o shar-pei é curioso e costuma levar tudo à boca.
Diarreias e vômitos podem provocar desidratação e, por isso, ao surgirem os primeiros sinais, o tutor deve providenciar orientação médica e oferecer muita água fresca para os cães.
As doenças de pele são bastante frequentes entre os cães da raça. A umidade relativa do ar também interfere, tanto quando o ar está muito úmido, quanto quando está seco. As dobras características da raça são depósitos perfeitos para poeira, sujeira, umidade e parasitas. Elas devem ser higienizadas diariamente, para prevenir inflamações e infecções.
Sem os cuidados necessários, o shar-pei pode desenvolver doenças crônicas – e algumas podem evoluir para quadros severos. A irritação da pele provoca o aumento da produção das glândulas sebáceas e rapidamente surgem assaduras e ferimentos cutâneos.
Os cuidados são ainda fundamentais porque as dobras sujas são um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias e fungos. Algumas espécies são comensais dos cachorros (elas vivem na pele dos peludos), mas tornam-se nocivas quando encontram condições ideais de reprodução sem controle.
As infecções podem causar sintomas locais (coceira, vermelhidão, descamação, perda localizada de pelos, etc.), mas há um risco considerável de penetrarem no sistema sanguíneo e serem levadas para órgãos internos.
Nas formas superficiais, é possível observar também inchaços e espessamento da pele, já naturalmente grossa e áspera. Elas também podem facultar o desenvolvimento de pequenas vesículas, formando acne. No lábio inferior, nas nádegas e entre os dedos, podem se formar depósitos de líquidos pegajosos mais ou menos danosos à saúde.
A seborreia é uma doença de origem hereditária, caracterizada pela descamação da pele e o surgimento de crostas, que podem evoluir para escamas oleosas com mau cheiro característico (em alguns casos, pode ocorrer um odor adocicado). O shar-pei também pode ter seborreia entre os dedos, que levam inclusive à perda de unhas.
O tratamento das doenças de pele é feito quase sempre com produtos tópicos (xampus e pomadas), mas o veterinário, de acordo com a gravidade, pode receitar medicamentos orais e injetáveis, além de alterações na dieta alimentar.
O excesso de pele solta na face pode determinar o surgimento de problemas oculares. A maioria dos criadores eliminou o ectrópio e o entrópio em suas linhagens, mas os candidatos a tutores devem verificar os ancestrais (pais e avós dos filhotes) antes da adoção.
Entre os shar-peis, o problema oftálmico mais frequente é a inversão das pálpebras. Nesta condição, os cílios ficam em contato direto com os globos oculares, causando irritações e inflamações, que, sem o tratamento correto, podem inclusive levar à perda da visão.
O número de cães da raça com reações alérgicas é muito grande. Acredita-se que elas sejam causadas pelo depósito de impurezas nas dobras da pele, mas alguns estudos indicam causas genéticas.
Um shar-pei pode ser alérgico a plantas, medicamentos, produtos de higiene e limpeza, picadas de insetos, infecções virais e bacterianas, parasitas internos e externos. A reação orgânica é exagerada e causa inchaços, retenção de líquidos e danos à pele, além do desconforto.
Esta suscetibilidade pode explicar o desenvolvimento de algumas doenças autoimunes no shar-pei, que pode desenvolver alopecia (perda de pelos), anemia hemolítica, artrite reumatoide, hipotireoidismo e pênfigo foliáceo. O tratamento varia de acordo com cada quadro.
A obesidade é uma condição frequente entre os shar-peis. Além de prejudicar a frequência cardiorrespiratória, ela acarreta problemas ósseos, articulares e, se não for corrigida, afeta o funcionamento de diversos órgãos, como os rins e o fígado.
O shar-pei é guloso e tende a ser muito voraz. Os tutores podem dividir a porção diária de ração, servindo duas ou três refeições menores, para manter o cão saciado. É preciso resistir aos pedidos insistentes (ele também pode ser bastante “pidão”) e não exagerar na oferta de petiscos.
Mesmo com um focinho largo e grande, o shar-pei possui vias respiratórias superiores curtas. Isto facilita a ocorrência de superaquecimento do corpo. Para evitar, ele não deve correr muito rápido, nem em grandes distâncias.
Vivendo com um shar-pei
Ser tutor de um shar-pei não é uma tarefa fácil. A pele e a pelagem exigem cuidados especiais, principalmente em regiões quentes e úmidas (como a maior parte do território brasileiro). Ele precisa de banhos frequentes, para eliminar impurezas e prevenir infecções e reações alérgicas. Longas caminhadas diárias são igualmente fundamentais, porque a raça tende a ganhar peso.
As reações alérgicas podem ser atenuadas com rações especiais, mas, para evitá-las totalmente, a inspeção da pelagem e a limpeza das dobrinhas da pele é uma atividade diária.
O shar-pei pode ser considerado teimoso. O adestramento é difícil e ele não costuma aprender muito além dos comandos básicos, especialmente porque gosta de fazer as coisas do seu próprio jeito.
Por outro lado, o shar-pei é um cão extremamente leal e considera-se o guardião da família, inclusive dos demais pets da casa, desde que tenha sido socializado corretamente. Ele é naturalmente protetor e defende todos os parentes de maneira incondicional.
A socialização, aliás, é muito importante para os cães da raça. O shar-pei pode não reagir bem diante de pessoas estranhas. Ele deve circular por espaços públicos, para aprender a conviver com outros humanos e cachorros.
Ele também é considerado um dos cães mais higiênicos do mundo. Um shar-pei aprende rapidamente a usar o banheiro (bastam poucos dias de treino) e costuma se lamber como um gato, para manter a pelagem limpa e em ordem.
Um shar-pei é naturalmente desconfiado com pessoas estranhas: ele foi largamente empregado para guarda e defesa. Na melhor das hipóteses, ele simplesmente ignora a presença de desconhecidos, depois de se certificar de que eles não representam uma ameaça.
De qualquer forma, eles podem avançar contra transeuntes (humanos e animais). A socialização reduz bastante este comportamento, mas, caso um shar-pei se mostre especialmente agressivo, é importante conduzi-lo com focinheira e guia curta em espaços públicos. Esta providência faz bem para todos.