A quantidade certa de comida depende principalmente do porte e idade dos cachorros.
Qual a quantidade certa de comida para os cachorros? A alimentação é uma das principais preocupações dos tutores de cachorros, mas sempre surgem dúvidas, especialmente para os marinheiros de primeira viagem: afinal, qual é a quantidade certa de comida a cada dia?
Muitos cachorros parecem estar sempre com fome. Mas eles são gulosos por natureza: nas matas e florestas, não é recomendável desprezar nenhuma oportunidade de fazer uma refeição extra – nunca se sabe quando uma nova presa surgirá novamente.
Mas definir a quantidade certa de comida é muito importante, tanto para garantir o desenvolvimento e a manutenção do organismo, quanto para evitar problemas com sobrepeso e obesidade, que provocam uma série de transtornos para a saúde dos cachorros.
O que é preciso observar
Esta quantidade depende basicamente da idade e do porte dos peludos, mas é preciso observar também o nível de atividade física: os cachorros mais atléticos precisam de mais calorias do que os pacatos e tranquilos, por exemplo.
Os cachorros convalescentes de doenças e traumas também precisam de cuidados especiais. Em alguns casos, os tutores precisam oferecer inclusive alguns suplementos. Nestes casos de emergência, o ideal é seguir as recomendações do veterinário, para garantir que os peludos sejam bem nutridos, sem riscos de ganhar quilos extras.
Os cães de raça podem ter algumas exigências específicas. Os cães de grande porte, por exemplo, apresentam desenvolvimento físico muito rápido e, conforme os peludos crescem, a quantidade de comida deve aumentar proporcionalmente.
Algumas raças caninas são mais propensas a desenvolver algumas doenças, que podem precisar de dietas específicas, mas elas devem ser adotadas apenas depois de um eventual diagnóstico confirmado pelo veterinário.
A velhice
Outro ponto a ser considerado para determinar a quantidade certa de comida é a idade do cachorro. Os filhotes quase sempre são mais curiosos e agitados, mas, na mesma ninhada, é possível observar alguns que são mais tranquilos.
A questão principal é a idade. Os cães se tornam idosos por entre os seis e oito anos: os animais de pequeno porte apresentam maior expectativa de vida e também mostram sinais da velhice mais tardiamente.
A partir da terceira idade, quase todos os cachorros se tornam mais tranquilos e silenciosos, mesmo sem desenvolver qualquer doença específica. Desta maneira, eles podem precisar de porções menores de alimento diário. Por outro lado, os velhinhos podem apresentar necessidades específicas, de acordo com o quadro geral de saúde.
As quantidades de comida para o cachorro
As quantidades abaixo relacionadas se referem às rações para cães. No caso de comida caseira, pode-se oferecer as mesmas quantias, mas os tutores precisam ficar atentos para que não falte nenhum nutriente nas refeições.
Oferecer uma ração de boa qualidade é mais simples e prático. É importante ler os rótulos dos produtos, especialmente quando se trata de rações especiais (para convalescentes, portadores de doenças crônicas, grávidas e nutrizes, etc.).
Encerrada a fase de amamentação, os filhotes de raças pequenas e miniatura devem receber de 40 a 60 gramas de alimento. Já os filhotes de porte médio e grande devem receber as seguintes quantidades diárias:
- de dois a três meses – 150 a 200 gramas de ração;
- de quatro a cinco meses – 250 gramas de ração;
- de seis a sete meses – 300 gramas de ração;
- de oito a 12 meses – 400 gramas de ração.
Para os cães adultos, a partir de um ano de idade, as quantidades médias de ração diária são as seguintes:
- miniatura (de 1 kg a 4 kg) – de 55 a 100 gramas;
- porte pequeno (de 4,1 kg a 8 kg) – de 100 a 150 gramas:
- porte médio (de 8,1 kg a 20 kg) – de 160 a 320 gramas;
- porte grande (de 20,1 kg a 40 kg) – de 320 gramas a 550 gramas;
- porte gigante (acima de 40 kg) – de 550 gramas a 830 gramas.
Para ajudar a calcular, um copo de 200 ml contém 70 gramas de ração. Algumas rações específicas podem ser mais calóricas; por isso, é importante consultar a informação nutricional constante na embalagem.
As porções devem ser fracionadas: três refeições a cada dia até os seis meses e duas até completar um ano de idade. Depois disso, os cachorros podem ser alimentados apenas uma ou duas vezes por dia, a menos que sejam muito vorazes, quando se aconselha dividir a comida em porções menores, inclusive para evitar problemas graves, como a torção gástrica.
Os cães de pequeno porte, os filhotes de até um ano e também os que estão perdendo os dentes de leite podem ter a comida umedecida com água morna, caldo de legumes ou carne sem nenhum tempero ou condimento.
Os rótulos
Na escolha da melhor ração para os cachorros, os tutores precisam ficar atentos às informações veiculadas nas embalagens. Um cachorro pode ter problemas de saúde, como desnutrição e obesidade, apenas por falta de entendimento das informações nutricionais.
Nas embalagens, os fabricantes fornecem os seguintes dados:
- espécie para a qual o produto foi desenvolvido;
- finalidade do alimento;
- tipo de alimento;
- informações nutricionais;
- lista de ingredientes;
- instruções de uso;
- nome e endereço do fabricante;
- data de fabricação e validade do produto;
- peso líquido.
Com relação ao tipo de alimento, ele pode ser:
• completo – atende integralmente às exigências nutricionais diárias do cachorro;
• coadjuvante – geralmente destinado a animais convalescentes ou portadores de doenças crônicas, supre necessidades específicas (carência de ferro, cálcio, etc.);
• específico – é aquele oferecido por diversão, agrado ou recompensa: são os biscoitos, bifinhos e ossinhos. Não é um alimento completo, mas altera o consumo calórico diário;
• mastigável – geralmente, é um medicamento disfarçado em petisco, com aroma e/ou sabor mais palatáveis para o cachorro.