Eles são nossos melhores amigos. Conheça dez maneiras dos cães para demonstrar amor, das óbvias às sutis.
Nossos cães nos amam incondicionalmente. Há dezenas de milênios, humanos e caninos mantêm um relacionamento proveitoso e prazeroso para ambas as partes. O que começou como uma aliança para a caça acabou se transformando em um lindo caso de amor. Os cães não sentem vergonha em demonstrar o amor que sentem. Conheça dez maneiras destas demonstrações.
O amor dos cães, no entanto, não é algo automático. Certamente, as duas espécies (nós e nossos peludos) apresentam diversas afinidades e gostam de estar lado a lado. O amor, porém, é um sentimento mais profundo, que brota aos poucos e precisa ser muito bem cultivado.
Eles não têm nenhuma vergonha de demonstrar amor, mas, se sentirem queridos e acolhidos, estas mostras serão mais efusivas. Os cães confiam em seus tutores. Nós somos “o porto seguro” onde eles vão ter quando alguma coisa está errada, ou simplesmente quando querem sentir a companhia.
01. Os cães sempre estabelecem contato visual.
Os seres humanos dificilmente estabelecem contato visual com estranhos. Pode reparar: ao caminhar pelas ruas da cidade, é muito difícil que alguém nos encare. Pode ser por educação, respeito, verniz cultural. Os cães são exatamente o oposto.
A primeira coisa que um filhote faz é observar, ansioso, os humanos que se aproximam. Quando um destes humanos dispensa alguma atenção, faz um afago ou puxa conversa, eles imediatamente cravam os olhos no novo parceiro. Este laço dificilmente é desfeito.
Os cães que não fazem contato visual estão tentando esconder alguma coisa que fizeram de errado – ou que acreditam ser errado. Como eles querem que estejamos bem – querem nos fazer felizes –, as artes, mesmo quando sem intenção, procuram disfarçar.
02. Eles estabelecem contato físico.
Não basta o olhar. Quando chegamos (mesmo que apenas vindo da cozinha para a sala), os cães precisam do toque, do contato físico. Este comportamento, em parte, é instintivo: eles querem sentir o nosso cheiro, para certificar-se de que somos nós mesmos.
Mas, como eles não falam (pelo menos, não falam a nossa língua), encostar a cabeça ou as patas nos tutores é uma forma de reafirmar a parceria e a cumplicidade. Isto pode ocorrer quando voltamos para casa, na pausa de alguma brincadeira, depois de uma refeição e até mesmo depois de uma bronca.
Eles chegam até a morder as nossas mãos levemente, para demonstrar que estão próximos. Quem tem um cão em casa sabe: se algum membro da família está doente, ele não deixa o quarto nem para comer ou fazer xixi. Precisa estar em contato com “o paciente” e, de vez em quando, levanta a cabeça para conferir se tudo está bem.
03. Não perdem nenhuma oportunidade de aconchego.
Uma das principais qualidades dos cães é moldar-se ao corpo dos membros da família humana. Eles conseguem encaixar-se sobre os nossos pés, encontrar um cantinho entre a nossa perna e o braço da poltrona e, claro, de deitar-se bem juntinho ao nosso lado.
Mais uma vez, o instinto fala alto: o aconchego aquece, aumenta os níveis de segurança, estabelece inclusive uma relação de posse (quem nunca teve de lidar com um cão ciumento?). Mas ninguém que ficar junto se não houver um sentimento forte, não é?
Por falar em ciúme, esta conduta precisa ser trabalhada com os cães desde quando são filhotes, para não haver problemas mais graves. Eles precisam entender que amigos e colegas são “mais um para o bando” e não inimigos em potencial. Dê atenção para as suas visitas, mas não se esqueça de fazer um afago no seu peludo de tempos em tempos.
04. São companheiros de quarto (e de cama)
Como regra geral, os cães são animais obedientes e sabem que o tutor é o alfa da matilha, alguém que merece respeito e deve ser obedecido. Isto não significa, no entanto, que eles tenham comportamento totalmente submisso. Afinal, eles não são escravos, são companheiros.
Por isto, eles gostam de tomar algumas “liberdades”. Certamente, em algumas casas, as regras dizem que os cachorros não podem passar da cozinha, e regras devem ser respeitadas. Se você não é tão rígido, no entanto, é possível que eles gostem de ficar na sua companhia pelo máximo tempo possível.
Assim, eles podem assumir um lugar aos seus pés, ou uma posição de destaque no sofá (em cima de uma almofada, talvez) e até mesmo na nossa cama. Alguns tutores não gostam desta proximidade, e alguns veterinários não a recomendam. A maioria dos tutores, porém, se esbalda quando está com o cão em cima da cama – para brincar, para dormir, para aquecer.
05. Sentem alegria na nossa chegada.
Os cães são seres extremamente inteligentes, mas não tão inteligentes a ponto de conseguir entender por que passamos tanto tempo fora de casa. Certamente, é possível condicioná-los a ficarem sozinhos enquanto estamos trabalhando ou estudando, mas isto não significa que eles gostem desta situação – nem que concordem com ela.
Não é possível descobrir o que se passa na mente de um cão nos muitos momentos em que ele fica sozinho. Mas não é necessário ser especialista para desvendar os motivos de tanta alegria quando finalmente chegamos a casa. Até antes mesmo disto, quando abrimos o portão ou colocamos a chave na fechadura.
Nossos cães ficam contentes conosco – às vezes, imensamente contentes – a cada novo regresso. É um momento especial, momento de demonstrar amor. Eles latem, abanam o rabo, lambem as nossas mãos (e o nosso rosto, se estiver acessível), mordem a barra da calça, nos puxam para dentro da sala.
06. São capazes de expressar pequenos afetos
Cães podem aprender pequenos truques, como trazer os chinelos quando nos acomodamos na poltrona, ou o jornal, quando acordamos pela manhã. Isto não significa, no entanto, que os que não conseguem aprender sejam preguiçosos ou não gostam de nós.
Isto não significa também que eles sejam menos inteligentes que outros cães (como o do vizinho, por exemplo). Significa apenas que eles ocupam a mente com tarefas que consideram mais importantes. Você sabe tudo sobre física, teoria musical e artesanato do Egito antigo?
Claro que não, você em as suas próprias especialidades. E o seu cão também. Seja como for, aprendendo ou não pequenos truques para demonstrar amor e afeto, eles sempre sabem dar lambidas (lambeijos). Pequenas mordidas e até saltos acrobáticos – mesmo quando estão doentes ou já são velhinhos.
Em tempo: eventualmente, eles podem entender que sapatos, jornais e outros objetos são brinquedos. Também podem se tornar destrutivos (por não terem muitas atividades) e passar a se desforrar nas nossas coisas. Se isto acontecer, primeiro observe para entender o que está acontecendo. Só depois tome as providências necessárias.
07. Até fazem xixi de tanta alegria.
Alguns tutores chegam a ficar preocupados, mas esta é uma situação bastante comum, especialmente quando são velhinhos. Sabe aquela história da pessoa que, de tanto rir, acaba molhando a roupa? Com os cães, acontece mais ou menos a mesma coisa.
Momentaneamente, os pets perdem o controle da bexiga, fica excitado – praticamente eufórico – e acaba liberando algumas gotas de urina. Isto é totalmente involuntário; por isto, gritos e broncas não são capazes de exercer qualquer efeito sobre a conduta (pode até piorar a situação, porque deixará o cãozinho confuso e ansioso).
Eles fazem xixi de tanta alegria por reverem os tutores. Se a situação for gritante, basta adiar o momento da “festa”. Ao chegar a casa, primeiro guarde as compras, troque as roupas, confira a correspondência. Só depois dê atenção ao pet. Com o tempo, ele perceberá que não precisa extravasar tantos sentimentos – pelo menos, não todos de uma só vez.
08. Adoram brincar de arremesso.
Convenhamos: resgatar uma bolinha ou um graveto atirado ao longe não tem a menor graça. É cansativo e repetitivo. Então, porque os cães adoram esta atividade? Na verdade, eles gostam de fazer qualquer coisa com os membros da família humana. Os cachorros são animais gregários.
Brincar de arremesso fortalece os laços entre tutor e pet, não precisa de investimentos nem de equipamentos especiais: qualquer um pode atirar uma bolinha para o meio da sala. Este é também um bom momento para adestrar o filhote – e reforçar a nossa paciência.
O adestramento básico é importante para socializar o cão e mostrar as regras da casa. Ele precisa aprender por onde pode transitar na casa, como se comportar com visitas, o que pode e o que não pode fazer durante os passeios. E, se tutor e cão estão felizes, por que não continuar brincando de arremesso?
09. Eles latem de diferentes maneiras.
Os cães aprendem o significado de várias palavras humanas (eles podem entender até 200 termos diferentes). Mas, além do português, eles também falam o “cachorrês”. Cada latido, ganido e uivo estão repletos de significados, que podem ser traduzidos por tristeza, alegria, atenção, etc.
Você sabia que, em uma alcateia, cada lobo tem uma vocalização diferente? Isto serve para que os outros membros saibam que quem está se aproximando faz parte do bando, não é um inimigo. Os cães trouxeram este comportamento para a nossa convivência e latem para demonstrar amor e outros sentimentos. Não adianta brigar: o latido é a comunicação destes peludos.
10. Eles sorriem para você.
Cães não se limitam apenas a levantar os olhos e dizer: “como foi o seu dia?”, quando nós voltamos para casa. Eles querem realmente saber como foi o nosso dia. Se possível, em detalhes. Os peludos se preocupam conosco – afinal, somos da mesma matilha. Quando ficamos ausentes por muito tempo, é natural que eles se preocupem. Isto explica a explosão de alegria que é cada reencontro desta dupla tão especial.
É nestes momentos especiais que eles sorriem. Alguns chegam a exibir os dentes, mas a maioria apenas mostra um ar diferente. Descubra a maneira como o seu cãozinho sorri. Você ficará surpreso com este gesto único de alegria que ele é capaz de fazer quando está na sua companhia.