Homem foi flagrado dando água com as próprias mãos para um cachorro abandonado nas ruas

Homem é filmado enquanto dá água para um cachorro de rua com sede.

Era apenas mais um dia como tantos outros, com as ruas lotadas de gente indo e vindo num vaivém frenético, em busca das muitas atividades que ocupam o nosso tempo. Mas, mesmo no meio desta correria, um homem foi flagrado dando um tempinho para dar água a um cachorro de rua.

O vídeo é curto, dura apenas poucos segundos, mas é possível observar que o cachorro ainda dá um cutucão no homem que o ajudou, pedindo mais água. O benfeitor não se importou com a “folga” do cachorro: apenas voltou ao bebedouro, uniu as mãos em concha e serviu o animal abandonado nas ruas mais uma vez.

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Um cachorro com sede

Nem sempre conseguimos observar as pequenas necessidades e vontades que surgem ao nosso redor. Ocupados com o trabalho, os estudos e o lazer, deixamos de enxergar muita coisa que ocorre ao nosso redor. Mas essas coisas são fundamentais.

Pode-se pensar que “é preciso ter olhos de ver” para perceber os momentos em que podemos ser úteis e necessários. É igualmente possível filosofar que “o essencial é invisível para os olhos”, mas, de qualquer forma, é imprescindível observar quem está à nossa volta.

Um homem comum caminhava pela rua, quando percebeu um cachorro com sede muito próximo a um bebedouro. Ele interrompeu a correria, pegou um pouco de água e serviu o cachorro, que, vendo alguém disponível, aproveitou para suprir uma necessidade tão urgente quanto a sede: ele deu um cutucão, para avisar que continuava sedento.

O homem voltou ao bebedouro, pegou um pouco mais de água com as próprias mãos e ofereceu-a mais uma vez ao cachorro, que ficou satisfeito e voltou a perambular em busca da sobrevivência, do “pão nosso de cada dia”.

A história do cachorro de rua faz lembrar alguns versos do poeta Solano Trindade, que se inspirou no barulho provocado por um trem de subúrbio carioca: “Se tem gente com fome, dá de comer”.

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O poeta não pede uma investigação sobre os motivos da fome (ou da sede, que pode ser a necessidade também de um cachorro). Apenas instrui: “dá de comer”. É claro que precisamos ser previdentes, trabalhar e poupar para o futuro, mas o trabalho e a poupança são acessórios, instrumentos para alcançar os objetivos determinados.

De outra forma, nós passaremos a vida apenas trabalhando e poupando, sem dar tempo para prestar atenção ao que é realmente importante. Ficaremos preparando o futuro, sem notar o presente, o ponto de partida sem o qual não existe nenhum tempo vindouro.

O vídeo foi postado nas redes sociais do jornalista John Grogan. Um homem de meia-idade, protegido por uma máscara fácil, percebe a presença do cachorro com sede e, mesmo não tendo instrumentos – como uma tigela ou garrafa –, usa as próprias mãos para satisfazer a necessidade do peludo perdido nas ruas.

As imagens, que já foram visualizadas por mais de 140 mil internautas, foram compartilhadas no Twitter com a seguinte legenda:

“Os amantes dos animais pertencem a uma raça especial de humanos. Eles são generosos de espírito, cheios de empatia, talvez um pouco mais propensos ao sentimentalismo e com os corações tão grandes quanto um céu sem nuvens.”

Cães abandonados

Milhares de cães abandonados vivem nas ruas ou em abrigos mantidos por órgãos públicos ou por organizações não governamentais. Apesar dos esforços, poucos conseguem a segunda chance de uma família adotiva amorosa e responsável.

O homem que parou na rua para dar água a um desses peludos pode servir de inspiração para muitos. Sempre é possível dispensar alguns minutos para matar a sede, a fome, brincar um pouco, oferecer um agasalho nos dias frios. É como se os necessitados oferecessem a oportunidade de sermos solidários.

Mas não é preciso interromper as atividades cotidianas, como fez este “herói anônimo”. A maioria das pessoas dispõe de recursos para deixar algumas tigelas na calçada com água e ração. Também é possível contribuir financeiramente com ONGs que promovem o bem-estar dos cães e gatos abandonados.

Mesmo que as condições objetivas de vida impeçam momentaneamente uma doação de dinheiro, alimento, agasalho, remédios ou um pouco de tempo, ainda assim é possível ajudar. Basta compartilhar ações de ajuda, promoção de adoções responsáveis, campanhas de vacinação e castração, etc.

Em tempos de conexão total, sempre é possível conceder alguns segundos para dar um clique, curtir e comentar algumas dessas ações, que sempre são apresentadas nas redes sociais. Mas a melhor parte é sempre procurar interagir com os cães e gatos de rua: é uma via de mão dupla, porque nós também acabamos recebendo recompensas.

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