49) Os cachorros são descendentes diretos dos lobos
Todos os cachorros descendem dos lobos. Um estudo publicado em 2017 vai além: de acordo com pesquisadores coordenados por Krishna Veeramah, da Universidade Stony Brook (Nova York, EUA), os cães atuais surgiram a partir de uma população de um único local, em algum momento entre 40 mil e 20 mil anos atrás.
O estudo partiu da análise dos fósseis de três cães encontrados na Irlanda e na Alemanha, com idades entre 4,7 mil e sete mil anos. Os três peludos mostraram ter ancestrais comuns com os cães atuais.
Os humanos aparentemente não se beneficiaram imediatamente do processo. De acordo com a nova pesquisa, a variedade levou algumas centenas de anos antes de estabelecer a parceria de caça com o H. sapiens.
De lá para cá, os cães foram selecionados por características específicas e, desta forma, surgiram animais tão diferentes quanto um chihuahua e um dogue alemão.
50) Confira a população mundial de cães
Os cachorros domésticos convivem há muito tempo com os humanos. Tanto tempo que acabaram se tornando imprescindíveis, de alguma forma. Atualmente, apesar de a maioria ser adotada apenas como companhia, eles estão presentes em pelo menos 30% dos lares mundiais.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde, em 2012, estimou a população canina em 525 milhões de indivíduos. Nos dias de hoje, este número deve ter saltado para 900 milhões. Acredita-se que 70% da população seja composta por animais abandonados.
O Brasil tem uma população de 52,4 milhões de cães, de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É mais do que o dobro dos 23,9 milhões de gatos. No total, 76% dos lares brasileiros contam com pelo menos um pet.
51) Os olhares dos cachorros
Os cachorros conversam com olhares e são capazes de perceber quando nós estamos ou não prestando atenção a eles. O longo tempo de convivência entre humanos e cães levou estes últimos a desenvolver diversas estratégias de comunicação desconhecidas na natureza.
Estudos indicam que os cachorros tentam estabelecer comunicação visual com os humanos (especialmente os tutores) e se esforçam muito para serem percebidos. Eles se incomodam não apenas quando os tutores os ignoram, mas também quando não prestam atenção ao que os peludos estão fazendo.
A pesquisa, que serviu de base para a tese de doutorado de Carine Redigolo, apresentada ao Instituto de Psicologia da USP, pode facilitar bastante o adestramento dos cachorros. Os peludos se tornam mais comunicativos quando a interação com os tutores é mais frequente.
52) Eles são capazes de explosões de euforia
É muito comum observar um cachorro disparar em corridas pela casa. Do nada, os peludos desatam a correr de um lado para outro, pular sobre os móveis e espalhar brinquedos, em verdadeiras explosões de energia.
Esta atividade já recebeu um nome por parte dos especialistas em comportamento animal: é o zoomie, ou uma explosão de euforia. Desde que não ocorram com frequência excessiva, os zoomies não indicam nenhum problema específico.
Também chamados de FRAP (sigla para “frenetic random activity period”, ou período de atividade aleatória frenética), são episódios de atividades desenfreadas, mais comuns nos filhotes e jovens. O zoomie pode ocorrer até mesmo a noite, durante o repouso.
Uma das explicações possíveis é que os cachorros são animais de hábitos crepusculares: eles se tornam mais ativos no fim da madrugada ou no início da noite. Como o nível de atividade física é muito menos agitado nos ambientes urbanos, os peludos acabam “explodindo”.