39) Cuidado: o chocolate é perigoso e pode ser fatal
O responsável pelo estrago é a teobromina, um alcaloide da família das metilxantinas que está presente no cacau e também nas sementes do guaraná. No organismo humano, o consumo excessivo causa náuseas e prejudica o apetite.
Nos cães, o problema é mais grave. Para os peludos, a DL50 (dose letal, que causa a morte de metade dos indivíduos que ingeriram a substância) é de 300 mg/kg (miligramas por quilo de peso corporal). O organismo canino também metaboliza mais lentamente a teobromina, que só é eliminada totalmente depois de 17 horas do consumo.
Um chocolate ao leite de 50 gramas tem, em média, 95 miligramas de teobromina. Os cães, de acordo com a quantidade ingerida, podem apresentar os seguintes sintomas:
- até 20 mg/kg – vômitos, diarreia e sede excessiva (polidipsia);
- de 20 a 50 mg/kg – efeitos cardiotóxicos (danos musculares ou disfunções fisiológicas);
- acima de 50 mg/kg – convulsões.
Os danos são cumulativos. O prognóstico é positivo quando se identifica a ingestão em até quatro horas, principalmente se houver indução ao vômito ou lavagem cerebral. Depois dessas quatro horas, ou quando surgem efeitos cardiotóxicos e/ou convulsões, a taxa de mortalidade ultrapassa 50% dos casos.
40) Os motivos de enrolar o corpo para dormir
A razão principal é a autoproteção. Quando estamos dormindo, ficamos mais expostos a eventuais ameaças no ambiente e os cachorros enrolam o corpo para proteger os órgãos torácicos e abdominais.
A posição também facilita o aquecimento. No frio, muitos cachorros tocam o baixo ventre com o focinho, para garantir melhor conforto térmico. Portanto, ela é mais comum entre os animais friorentos – é a posição favorita dos filhotes e dos idosos, por exemplo.
Quando um cachorro estica o tronco e as patas, tornando a coluna vertebral mais reta, é um sinal de que ele está confortável e confia totalmente no local – e nas pessoas que estão à sua volta. Esta posição indica que o peludo confia plenamente nos tutores.