22) Cães e gatos não são necessariamente inimigos
Cães e gatos pertencem a espécies diferentes, que evoluíram em condições diferentes. Os cachorros apresentam instintos de caça sempre aflorados e tendem a perseguir qualquer coisa que se mova por perto. Os gatos, por sua vez, arrepiam os pelos frente a qualquer ameaça, para parecerem maiores, e escondem-se o mais rápido possível.
Enquanto os cães querem caçar, os gatos sabem que precisam se esconder, já que são mais frágeis, mas alguns, mais ousados, entendem que “a melhor defesa é o ataque” e partem para cima dos cachorros.
A rivalidade natural, no entanto, é facilmente contornável. Para estabelecer uma relação saudável, o tutor não deve incentivar nenhum comportamento agressivo – não se pode rir quando o cão sai em disparada perseguindo o bichano.
Os cachorros sempre querem agradar os tutores e, quando percebem que as perseguições não são aceitas, passam a controlá-las. Em pouco tempo, os pets aprendem a interpretar os movimentos uns dos outros e estabelecem uma relação saudável.
Mas, se os cães e gatos da família podem se tornar “os melhores amigos de infância”, é muito difícil controlar a reação dos cachorros no caso de gatos estranhos, que circulam pelo muro da casa. Para os cães, eles sempre serão encarados como invasores, que precisam ser contidos.
23) A temperatura corporal dos cachorros sobe mais rápido
A temperatura corporal dos cães é dois ou três graus mais elevada do que a nossa: quando o termômetro indica de 38,5°C a 39,5°C, o peludo não está com febre. Mas os tutores precisam garantir que os ambientes sejam arejados, porque o arrefecimento dos peludos não é muito eficiente.
Os cachorros suam apenas através das patas. Eles também controlam a temperatura eliminando saliva pela boca. Mas, se o local estiver muito quente, isto pode não ser suficiente. É o caso de um cão preso em um carro. Mesmo que o automóvel esteja na sombra, o peludo pode ficar rapidamente em apuros.
Em nenhuma hipótese, os cachorros devem ficar sozinhos em um carro estacionado, mesmo que as janelas estejam parcialmente abertas e haja oferta de água. Um cão com 39,5°C já está em situação de hipertermia.
O aumento da temperatura também pode indicar algum problema de saúde. É difícil medir em casa, mas os animais febris apresentam outros sintomas, como apatia, respiração ofegante, dificuldade na locomoção, salivação excessiva e, em alguns casos, diarreia, vômitos, desorientação e taquicardia. Nestes casos, é preciso levá-los com urgência ao veterinário.