Este cachorro está brincando com um fantasma. Será verdade?

Tutor vê a imagem do cachorro brincando com um amigo fantasma. Os cachorros têm sexto sentido?

Um homem ficou bastante assustado depois que a câmera de segurança da residência registrou imagens arrepiantes: no vídeo, aparentemente, o cachorro da casa está brincando com um visitante fantasma – e parece não se importar nem um pouco com as manifestações do além.

O caso aconteceu em Melbourne, no sudeste da Austrália. O tutor Jake DeMarco postou um vídeo nas redes sociais em que Ryder, o cachorro da família, aparece brincando com um espectro do que parece ser um pet fantasma. Como não poderia deixar de ser, as imagens viralizaram e correram o mundo virtual.

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Imagens do além

Muitos internautas compararam as imagens captadas pela câmera de segurança com “Pet Sematary”, livro de Stephen King levado às telas do cinema em 1989. O filme, dirigido pela americana Mary Lambert, conta a história de uma família que se muda para a vizinhança de um cemitério de animais de estimação.

O vídeo mostra Ryder brincando com um animal branco semitransparente. O cachorro persegue o visitante em uma área cercada, na parte externa da casa. Antes que o fantasma desapareça, é possível ver os dois cães – um real, outro um espectro – interagindo normalmente.

À imprensa australiana, DeMarco disse ter ficado assustado ao ver Ryder brincando com outro cachorro no quintal – de acordo com o tutor, o terreno é cercado por um muro alto dificilmente ultrapassado e o portão estava trancado.

O homem, que também é pai de duas crianças, ao ver as imagens, correu para o quintal, para tentar entender a provável invasão. Ele chegou rapidamente, mas não a tempo de encontrar-se pessoalmente com o “fantasminha camarada” que resolveu brincar com Ryder.

Cachorros podem ver fantasmas?

Ver fantasmas depende das crenças individuais – para vê-los, é necessário pelo menos acreditar na sobrevivência de alguma forma de vida depois da morte. Mas Ryder não é o primeiro cachorro que parece ter tido visões do além.

No imaginário popular, diz-se que, quando um cachorro (ou gato) olha fixamente para um ponto qualquer em que não há nada a ser observado, ele está tendo visões de fantasmas, almas, espíritos ou gênios – tudo depende das crenças e superstições cultivadas na região.

O tema é explorado há muito tempo. Até mesmo o detetive Sherlock Holmes, criação do escritor inglês Arthur Conan Doyle, já se envolveu em um caso envolvendo um cachorro fantasma. A história é narrada em “O Cão dos Baskervilles”, obra publicada entre 1901 e 1902.

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No romance, no entanto, o animal não tem nada de camarada: de acordo com as crenças, ele perseguiu a família durante séculos e matou alguns dos seus componentes. Holmes é chamado para investigar a morte de Charles Baskerville, o rico proprietário da mansão britânica.

Os cientistas, no entanto, não se ocupam de aparições fantasmagóricas. Para os estudiosos do assunto, o sexto sentido que parece se manifestar em alguns cachorros é apenas resultado da audição apurada e do faro excepcional que os peludos têm.

Os sentidos dos cachorros explicariam as “visões”. Um cão tem o olfato até dez mil vezes mais apurado do que o humano; a audição capta sons em frequências inaudíveis para nós, a distâncias até quatro vezes maiores.

Entre outras espécies, os cachorros conseguem captar a aproximação de tempestades, abalos sísmicos e tsunamis. Em 2004, quando um maremoto varreu regiões costeiras do oceano Índico, vários animais fugiram para regiões mais elevadas, colocando-se a salvo antes da chegada das ondas gigantes.

Portanto, os cachorros conseguem captar cheiros e sons com muito mais eficiência do que os humanos. Eles também sentem mudanças vibracionais no solo, em função de acomodações das camadas de terra ou do deslocamento de depósitos de água subterrâneos. Esta é a explicação para a participação dos peludos em eventos sobrenaturais ou paranormais.

Nada disto, no entanto, consegue explicar o vídeo de Ryder brincando com o seu amigo translúcido, cujas imagens foram registradas pela câmera de segurança. Os incrédulos podem imaginar que se trata de uma montagem, com imagens sobrepostas.

Seja como for, para quem acredita na sobrevivência após a morte, nada mais natural pensar que os cachorros também participam desta continuação da vida. Os elementos que determinam a vida biológica são os mesmos em todas as espécies e, se a vida continua, deve continuar também para os peludos.

Isto pode não ser verdade, mas é um imenso consolo – imaginar que não apenas nós, mas os nossos filhos de quatro patas continuam existindo de alguma maneira especial, em outras dimensões.

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