Eles são fáceis de agradar. Com algumas dicas simples, não é difícil manter os cachorros felizes.
As dicas apresentadas a seguir não são exatamente segredos, ou melhor: são segredos que todos conhecem. Manter os cachorros felizes é uma tarefa simples – pelo menos para quem ama viver na companhia de um peludo.
Os cachorros são seres simples, que admiram as coisas simples da vida: um cafuné, um agrado, uma casa sem ameaças nem brigas. Isto não significa, no entanto, que eles não possam ser surpreendidos pelos tutores. Na verdade, fazer os cachorros felizes e investir na nossa própria felicidade. É um conjunto de gestos altruístas que reverte positivamente para nós mesmos.
Confira as dicas, identifique o que você já vem fazendo para tornar a convivência prazerosa, adapte as situações às condições do seu peludo. Relacionamentos felizes são feitos de exclusividades e lugares-comuns.
Leve seu cachorro para um passeio
Os passeios diários fazem parte da rotina dos cachorros e são uma obrigação para todos os que se dispõem a ser tutores. Mesmo assim, a caminhada pode trazer novidades e surpresas. Se o seu peludo é ativo, encontre um local para ele correr livremente, perseguir “presas” – mesmo que inexistentes, mergulhar em uma lagoa. Se ele já é idoso ou faz o gênero mais tranquilo, não se esqueça de encontrar um caminho com sombras e locais de descanso.
O importante é que o passeio seja divertido, espontâneo e na medida dos desejos e necessidades da dupla: as caminhadas reforçam os elos entre pets e tutores. Lembre-se deque você também está passeando aproveite para se divertir.
Muitos tutores saem apressados para passear e chegam a ficar impacientes quando os peludos param para farejar um poste ou tronco de árvore. Lembre-se: o passeio deve ser feito no tempo do cachorro.
Se ele quer investigar um ponto qualquer do trajeto, deixe que ele cheire, raspe com as patas, etc. Mas nunca deixe que o cachorro tome as decisões. O tutor define o trajeto, as paradas, a interação com pessoas e pets. Dê uma folga, mas não abra mão do comando.
Brinque com o seu peludo
A correria do dia a dia muitas vezes elimina qualquer possibilidade de descontração. Praticamente, não sobra para “gastar tempo”. Mas é importante encontrar algumas brechas na agenda para relaxar e descansar.
Brincar com os pets é uma excelente forma de adestramento. Os comandos básicos podem ser exercitados em jogos de pegar, saltar, esperar, etc. Além disso, as brincadeiras contribuem significativamente para manter os cachorros ajustados e equilibrados. Em outras palavras, satisfeitos e felizes.
O ato de brincar ocupa o tempo do cachorro e fortalece os vínculos com o tutor. Isso contribui para evitar ou atenuar o tédio – os pets costumam se lembrar das situações vivenciadas junto com o “seu humano”. A brincadeira reduz o estresse e a ansiedade.
As brincadeiras ajudam os cachorros a se manter em forma. Com o nosso estilo de vida cada vez mais sedentário, acabamos ganhando alguns quilos extras – e os nossos pets infelizmente “herdaram” esta condição. Passar um tempo brincando também garante a queima de algumas calorias para nós.
Cuide da higiene
Os cachorros não são animais hígidos. O conceito de higidez se desenvolveu entre nós apenas no século 19, quando descobrimos que estamos acompanhados por bilhões de micro-organismos. Antes disso nós lavávamos as mãos apenas para evitar que a comida ficasse com gosto de terra.
Muitos cães não gostam nem um pouco do banho, mas ele pode se transformar em uma brincadeira divertida. Lave o seu peludo de preferência com água morna e xampu específico para pets. Invente um jogo para umedecer o pelo, ensaboar, enxaguar, enxugar, etc. Seja criativo.
A higiene continua na escovação dos pelos, na lavagem das roupas de cama do pet, na higienização das patas todas as vezes em que voltamos de um passeio, nos cuidados com os dentes. Eles não entendem a importância: é por isso que nós somos os tutores.
Proteja o cão contra mudanças de temperatura
No Brasil, faz calor quase o ano todo. Na maior parte das regiões, são dez meses de calor e dois de temperaturas amenas. O inverno é quase exclusividade das regiões Sul e Sudeste, apesar de às vezes também dar as caras em outros Estados do país.
Seja como for, nos dias quentes também é importante cuidar dos pets. Não passear nas horas em que o Sol bate mais forte, por exemplo, é um gesto de cuidado e de amor. Calçar botinhas para que o peludo nas queime os coxins plantares no cimento aquecido, levar uma garrafa de água para saciar a sede nas caminhadas, deixar sempre água fresca em casa e refrescar o pet – com uma mangueira ou mesmo com um borrifador – são providências simples.
E, nos dias frios, é importante não esquecer os cachorros. Se eles dormem no quintal, certifique-se de que a casinha é confortável e não está aberta para o sul. Para os mais friorentos, adquira roupas e mantas – nada exagerado, que não atrapalhe os movimentos.
Dê brinquedos que fortaleçam os dentes
Na verdade, os brinquedos são escolhidos de acordo com as preferências do tutor. O cachorro pode adorar correr para buscar a bolinha – “a preferida” –, mas ele faria o mesmo com um taco, um bicho de pelúcia ou até mesmo um graveto.
Os cachorros não diferenciam objetos a pontos de escolher os prediletos. Eles gostam da atividade, especialmente se esta for partilhada com os tutores. Mas, já que nós compramos brinquedos para eles, é interessante unir o útil ao agradável. Um ossinho sintético limpa os dentes entre as refeições e é, ao mesmo tempo, divertido.
Morder é uma atividade importante para os pets. Ela reduz os latidos e, por ocupar um tempo do dia, torna-se uma prevenção contra o tédio e tudo o que vem com ele: ciúme, agressividade, destrutividade, etc.
Certifique-se de que os produtos sejam recomendados por veterinários – alguns se esfarelam a são prejudiciais à saúde. Ossinhos de couro costumam transformar-se em uma geleia desagradável – que não tem nada de tutano ou qualquer outro nutriente.
A limpeza dos dentes é fundamental: é necessário escovar os dentes dos peludos, assim como os nossos. Mas os brinquedos duros ajudam na higiene e previnem a formação do tártaro e da placa bacteriana.
Proteja o pet dos parasitas
A vermifugação faz parte do calendário anual dos cachorros. Para os filhotes, as primeiras doses devem ser aplicadas aos 15 e 30 dias, com reforços mensais até que eles completem seis meses de vida.
A partir de então, os vermífugos precisam ser ministrados a cada quatro meses, para evitar que parasitas se instalem no intestino e comprometam a nutrição dos pets. Alguns vermes chegam a se instalar no coração dos peludos.
É preciso cuidar também dos ectoparasitas – os insetos e aracnídeos que tentam viver nos pelos nos cachorros, como ácaros, pulgas, carrapatos e piolhos. Além do incômodo das coceiras e até da perda de pelos, estes animais podem transmitir doenças sérias e inclusive provocar a morte.
Castre o seu cachorro
Se a sua intenção não é iniciar uma criação de cachorros, castre os peludos, de preferência ainda quando são filhotes – um canil pode ser um negócio interessante e lucrativo, mas a maioria de nós não está interessada em trocar de emprego.
A castração evita acidentes e brigas (muitos machos fogem para a rua quando sentem os feromônios de uma fêmea do cio), previne doenças no aparelho reprodutor e reduz um pouco a agressividade dos peludos.
Os cachorros não se importam em não exercer a sexualidade. Na natureza, o acasalamento ocorre em épocas específicas e, nas alcateias, muitos lobos não são autorizados a cruzar. Castrar é um gesto de cuidado e de amor.
Surpreenda o seu cachorro
Nada melhor do que sair da rotina de vez em quando. Os cachorros adoram a previsibilidade do dia a dia, com uma sequência de atividades preestabelecida: comer, brincar, treinar, descansar, cochilar, ficar com o tutor.
Mas isto não significa que os peludos não gostem de algumas atividades extras. Procure incorporar a presença dos pets nas suas atividades: não é necessário que seja uma “missão impossível”, apenas algo a ser partilhado entre cachorro e tutor.
Alguns cachorros gostam de passear de carro ou motocicleta, quase todos adoram explorar novos ambientes e qualquer objeto diferente é motivo de intensa pesquisa e investigação, o que diverte o pet e ajuda no desenvolvimento cognitivo.
Identifique o seu cachorro
Em algumas cidades brasileiras, a identificação dos cachorros (o registro geral animal, RGA) é obrigatória a partir dos três meses de vida e todos os tutores responsáveis precisam providenciar as plaquinhas que devem ser portadas na coleira em todas as saídas de casa.
A identificação facilita um pouco a recuperação de animais que se perderam ou fugiram. Em vez de o peludo ser recolhido a um centro de controle de zoonoses, as autoridades podem simplesmente entrar em contato com a família.
O RGA apresenta o nome do cachorro, endereço, telefone para contato, idade, raça, sexo e porte (no caso dos animais sem raça definida). O documento geralmente é expedido pela Prefeitura; não é necessário levar o peludo ao estabelecimento credenciado.
Ofereça alimentação adequada
A forma de nutrição dos cachorros mais fácil e barata é a ração. É possível encontrar, nas pet shops, uma série de produtos, inclusive específicos para a idade, porte, condições gerais de saúde, etc.
Se você preferir, pode fazer comida caseira para o seu peludo, que deve ser balanceada, para suprir todas as necessidades nutricionais. Consulte um veterinário especializado para certificar-se de estar oferecendo todos os nutrientes na quantidade correta.
Nunca ofereça comida humana para o cachorro. Por mais irresistível que seja a cara de pidão, resista e não entregue pedaços de alimentos processados para nós. O excesso de sal, gordura e vegetal e outros condimentos faz estragos no médio prazo – e às vezes causa intoxicações imediatas.
É possível complementar a ração com petiscos. Existem produtos industrializados e muitos cachorros se acostumam a comer frutas e legumes, como cenouras, maçãs, peras, etc. Lembre-se, contudo, de que petiscos não substituem o alimento: eles não devem ultrapassar 20% do total de comida diária.
Não ofereça doces. O açúcar engorda, prejudica os dentes, facilita o desenvolvimento de diabetes. O chocolate é tóxico e pode até matar. Se quiser adocicar a relação, dê frutas, sem exagero. Verifique se elas são indicadas para cachorros.
Leve o peludo ao veterinário
É muito provável que o cachorro não goste das visitas regulares ao veterinário. Alguns chegam a ficar ansiosos e irritados quando se aproximam da clínica. Nada mais natural: eles não entendem o motivo das agulhas, aparelhos metálicos frios, remédios amargos, afastamento (mesmo que temporário) dos tutores, etc.
Nós sabemos, porém, que é preciso garantir a saúde dos pets. Tutores responsáveis mantêm a vacinação e vermifugação em dia, levam os peludos para consultas regulares e até encontram maneiras de associar o veterinário a alguma coisa prazerosa: uma recompensa na saída do consultório, por exemplo.
A prevenção é a melhor estratégia, mas, mesmo que os cachorros desenvolvam doenças, o diagnóstico precoce é a melhor maneira de superar o problema. Garantir a qualidade de vida é certamente uma das primeiras atitudes par deixar os pets felizes.
Nunca brinque de médico. Não dê medicamentos indicados para humanos, nem aquele remédio que foi ótimo para o cachorro do vizinho. Quando surge um problema, nós não sabemos a extensão. É melhor deixar o diagnóstico e tratamento para os especialistas.
Converse com seu cão
Provavelmente, o seu cachorro não entende o significado da maioria das coisas que você diz para ele. Isto não quer dizer, contudo, que ele não se interessa pelos “diálogos”: esta é uma das melhores maneiras de interação.
Veja também: Por que conversar com o seu cachorro?
Use um tom de voz amigável e sereno. Se for um daqueles momentos de descontração e cumplicidade, fale de forma afetuosa e, se quiser, use o tatibitate que empregamos com as crianças. Os bebês também não compreendem quase nada.
O tom de voz do tutor é uma referência de segurança e estabilidade para os cachorros. Eles encaram os tutores como líderes, responsáveis pelo bem-estar de toda a família. Conversar durante alguns minutos também significa demonstrar que está tudo bem.
Não se esqueça do carinho
Nós começamos a conviver com os cachorros por uma questão prática: eles nos ajudavam nas atividades da caça e contribuíam para garantir o nosso alimento. Hoje em dia, apesar de ainda haver muitos cães de trabalho, a atividade principal da maioria é fazer companhia para os tutores.
Sendo assim, é fundamental não negligenciar os momentos de carinho. Um cafuné ao amanhecer, um “tchau, a gente se vê mais tarde” nas despedidas, um prêmio em todos os acertos (isto é importante especialmente para os filhotes em treinamento).
O carinho também pode chegar em momentos descontraídos. Quando estamos lendo um livro, assistindo a um filme ou trabalhando no computador, não há motivo para não deixar o peludo ao lado. Um carinho de quando em quando, uma troca de olhares, um suspiro de satisfação e uma soneca. Isto faz a diferença na vida de qualquer cachorro.
Gostou das dicas? Nos ajude compartilhando com amigos e contatos nas redes sociais. Obrigado!