As manchas no pelo sempre são charmosas, mas este dálmata nasceu com um coração no focinho.
Dálmatas aparecem em gravuras e desenhos desde o século 16. Eles ficaram ainda mais famosos com a estreia do desenho animado “A Guerra dos Dálmatas”, dos Estúdios Disney, de 1961, baseado em um livro publicado cinco anos antes. Este dálmata, no entanto, é único: ele nasceu com uma mancha no focinho em forma de coração.
A raça canina está entre as 40 mais populares do mundo – apesar de estar perdendo espaço para os cães de pequeno porte, que são campeões de registros e vendas. Este cãozinho, no entanto, está conquistando milhares de internautas em função de uma peculiaridade: o coração no focinho já foi descrito como “um beijo dado por um anjo”.
Wiley, o dálmata
Com um focinho caprichosamente desenhado, Wiley ainda era um filhote quando as primeiras fotos foram publicadas nas redes sociais e imediatamente viralizaram. O dálmata tinha apenas 12 semanas de vida e já era seguido por mais de 25 mil internautas no seu perfil no Instagram.
As “mensagens de Wiley” receberam traduções instantâneas nos idiomas mais diversos possíveis – do inglês ao mandarim, do árabe ao português. Wiley nasceu em 2018, mas, com três anos, o coração permanece muito bem contornado no focinho.
Wiley entrou na vida de Lexi Smith em 17.03.18 – Dia de São Patrício, festa do padroeiro da Irlanda e um feriado muito popular nos países de língua inglesa. A tutora do dálmata vive no Colorado (EUA).
As manchas escuras dos dálmatas (pretas ou chocolate), exclusivas da raça, são sempre atraentes e tornaram estes cães muito chamativos, mas este não foi o único motivo por que Lexi escolheu Wiley. A tutora gostou da descrição do criador: “ele é um filhote que só faz comer, se aconchegar e dormir. Parecia o cachorro perfeito para uma jovem de 26 anos.
Wiley nasceu em uma ninhada de 11 cães – oito machos e três fêmeas (as ninhadas numerosas são comuns entre os dálmatas). A mancha em formato de coração já era visível no focinho, mas ainda não estava bem conformada.
De qualquer forma, as manchas tendem a mudar de lugar à medida que os cachorros se desenvolvem. Uma das maiores dificuldades dos criadores de dálmatas é fixar as manchas por todo o corpo, uniformes e nítidas.
Mas o filhote sonolento acabou dando lugar a um cachorro curioso, um pouco atrevido e independente. “Ele tem mais personalidade em seu corpinho do que qualquer outro cachorro que eu já conheci”, disse à jovem ao site Bored Panda.
Para sorte de Wiley, a família de Lexi mora na zona rural, com muito espaço para explorar e percorrer. O dálmata se desenvolveu perfeitamente, com um comportamento ajustado, amigável e meigo. E a mancha no focinho foi se destacando cada vez mais.
Mas a tutora faz questão de afirmar que Wiley não chama atenção apenas pelo coração à mostra. Ele é um cachorro gentil e bem educado. “Eu o ensinei a sentar-se desde pequeno. Agora, quando ele quer alguma coisa, simplesmente senta-se à minha frente e espera pacientemente. O problema é que ele é tão fofo que, quase sempre, consegue o que quer”.
Wiley é uma celebridade local e faz sucesso nas redes sociais, mas Lexi garante que a fama do dálmata se mantém não apenas por causa do coração no focinho, mas porque “ele é o cachorro mais amigável que existe”.
O comportamento
Assim como Wiley, os dálmatas se destacam pelo temperamento amigável e agradável. Os cães da raça não são tímidos, nem mostram hesitação quando querem alguma coisa. Dálmatas não são animais nervosos e nunca se mostram agressivos.
A raça foi desenvolvida para acompanhar carruagens, na Croácia (mais exatamente na Dalmácia, a região litorânea deste país dos Bálcãs). Os animais são ágeis, elegantes e extremamente sociáveis. Eles não devem ser empregados como cães de guarda e se ressentem muito quando ficam isolados da família.
Ainda assim, eles são cachorros – e sempre se comportam como tal. Um exemplo disso é que a Federação Cinológica Internacional (FCI), quando publicou o padrão oficial da raça (apenas em 1955), descreveu o dálmata como um cão de caça. Eles são fofos – especialmente quando ostentam um coração no focinho – mas continuam exibindo os instintos da espécie. Cachorros não são brinquedos.
Créditos das imagens: hi.wiley