A situação é desesperadora. Confira o que fazer para achar um cachorro perdido ou fujão.
A situação é desesperadora. Confira o que fazer para achar um cachorro perdido ou fujão.
Por mais cuidadosos que sejam os tutores, é difícil encontrar quem nunca tenha tido de lidar com um cachorro perdido. Na mínima distração, os peludos desaparecem ou saem correndo durante uma caminhada.
É importante não se desesperar (muito) e tomar algumas medidas para encontrar o melhor amigo. Vale lembrar que, dependendo da região, o tempo corre contra os tutores. É importante encontrar o cachorro perdido nas primeiras horas ou dias.
As dicas para achar um cachorro perdido
Antes de tomar qualquer providência, pare e pense. Procure se acalmar e tente imaginar para onde o cachorro teria ido – pense como um cachorro. Os peludos gostam de explorar novos locais, mas têm alguns cantinhos prediletos.
Circule pelas redondezas onde o cachorro foi perdido (ou fugiu). Não se sinta um péssimo tutor – mais tarde, quando o peludo estiver em segurança, você poderá revisar as regras de segurança na casa e nos passeios.
1) Espalhe cartazes pelo bairro
É possível confeccionar cartazes rapidamente, com uma impressora caseira, “pegando emprestado” no trabalho ou levando para um serviço de xerox. Se possível, inclua fotos – pelo menos uma do rosto e outra do corpo inteiro.
Confira se você tem disponíveis no seu arquivo pessoal imagens com objetos comuns próximos ao cachorro, para que as pessoas que lerem os cartazes possam ter uma ideia mais detalhada do porte, da pelagem, etc.
Relacione todas as informações importantes: nome e apelido, raça (se for um SRD, cão escreva que ele é parecido com um poodle ou schnauzer, por exemplo), características da pelagem (cores, marcações, manchas individuais), formato das orelhas e do focinho, endereço e telefone, etc.
Use uma fonte (tipo de letra) grande e sem serifa (os “rabinhos” que enfeitam as letras), para facilitar a leitura. Não coloque muitos detalhes, apenas o necessário para que o cachorro seja identificado. De preferência, organize uma lista das características.
Cole os cartazes em postes, pontos de ônibus, muros e outros pontos de grande afluência. Um cartaz colorido é mais chamativo, mas, em caso de chuva, ele pode ficar borrado com facilidade. Procure colocar barras coloridas no rodapé da folha: elas atraem a atenção e, se a tinta escorrer, não ocultará as informações.
2) Publique nas redes sociais
Os mesmos cartazes espalhados pela vizinhança podem servir como banners para postagens nas redes sociais. Não escreva textos longos, já que a maioria dos internautas escolhem os posts de poucas linhas.
Neste caso, o tutor pode abusar de cores e GIFs. Se houver vídeos do cachorro brincando, comendo ou se divertindo, eles podem ser anexados, desde que sejam curtos. A objetividade é extremamente importante nas redes sociais.
Peça para os seguidores compartilharem a postagem, para ampliar o alcance das visualizações. Por último, mas não menos importante: permaneça conectado, para conferir prováveis respostas dos amigos, parentes e conhecidos.
3) Converse com os vizinhos
Os vizinhos podem organizar uma excelente rede de informações. Converse com as pessoas das redondezas e peça para que elas fiquem atentas a um cachorro parecido com o seu perambulando pela região.
Pequenos estabelecimentos comerciais também ajudam bastante a identificar o paradeiro do fujão. Entre também alguns cartazes em bancas de jornal, bares, lanchonetes, salões de beleza, especialmente no trajeto entre a casa e o local do extravio ou fuga.
Em todos esses locais, forneça os números de telefones da família. Não se esqueça de, ao sair para fazer buscas, levar o celular. Alguém em casa para atender o telefone fixo é igualmente importante para ampliar as chances de encontrar o cachorro perdido.
4) Faça visitas nos canis e abrigos da região
Nas médias e grandes cidades do país, quase sempre há ONGs e entidades públicas de apoio a animais abandonados. Se houver alguma dessas próximo à casa ou ao local em que o cachorro se extraviou, faça uma visita.
Algumas entidades oferecem inclusive busca ativa para localizar animais de estimação perdidos. Parte desses serviços é paga, mas as equipes de resgate também costumam ficar “de olho” quando saem para as suas rondas.
5) Caminhe pela área
Se houver mais pessoas para ajudar nas buscas, a pessoa mais próxima ao cachorro deve fazer preferencialmente sempre o mesmo roteiro. O fujão também está tentando encontrar o caminho de volta – ele não é um rebelde sem causa protestando contra as condições de vida ou algo parecido.
O olfato dos cachorros é excelente. Antes de sair caminhando sem saber para onde ir, um cachorro perdido certamente tentará localizar o tutor ou a família pelo cheiro. Ao fazer sempre o mesmo trajeto, você está “marcando” o terreno. Mesmo sem perceber, os nossos odores naturais estarão nesta rota.
Não se esqueça de levar alguns petiscos. O cachorro pode estar apavorado e até mesmo ferido. Se perceber que ele está muito assustado, machucado ou arisco, procure atraí-lo até você – e as guloseimas preferidas são uma excelente estratégia.
6) Deixe uma peça de roupa na entrada
Esta providência vale para casas e apartamentos. Pelo mesmo motivo do item anterior (o faro aguçado dos cachorros), eles conseguem identificar os odores dos tutores e de pessoas amigas mesmo em peças que acabaram de sair da lavadora de roupas.
A roupa pode ficar estendida na cerca, muro ou portão, ou simplesmente deixado perto da porta de entrada – muitos cachorros fogem em condomínios e ficam circulando sem saber para onde ir, até que alguém os localize. Mas a peça pode ser um chamariz para eles decidirem subir as escadarias e estacionar em frente ao apartamento.
7) Não desanime
Existem diversas histórias sobre cachorros que voltaram para casa depois de anos afastados dos tutores. Os cães são naturalmente muito apegados aos tutores. Mesmo os mais independentes, caso estejam perdidos, tentarão encontrar um meio de voltar para casa.
Renove as postagens nas redes sociais e circule pelo bairro, verificando o estado dos cartazes e substituindo-os se for o caso. Verifique também se existe algum serviço de recolhimento de animais de rua que circulou pela região no período da fuga ou extravio.
Não existem estatísticas sobre o assunto, mas muitos cachorros voltam para casa ou correm em direção aos seus humanos quando os identificam na pracinha ou nas ruas das redondezas. Continue procurando por um mês ou mais: nunca esmoreça.
8) Previna as fugas
Nunca permita que o seu cachorro circule sozinho pelas ruas. Os cães precisam ser guiados sempre, mesmo que seja apenas “até a esquina”. Antes de dar início aos passeios, treine o peludo para atender aos comandos básicos: “fica”, “senta”, etc. Isto é feito com facilidade, inclusive com animais adotados adultos.
Solte a guia apenas em praças e parques “pet friendly”, que permite a circulação livre e mantém cercas e muros. Um cachorro pode se assustar e sair em disparada pelos mais mínimos motivos.
Em casa, não deixe o cachorro correr para a porta sempre que a campainha tocar. O adestramento ideal deve mantê-lo a alguma distância dos recém-chegados. Portas e janelas devem ser guarnecidas com telas e grades, para evitar fugas.