Está pensando em adotar um cachorro? Então confira seis coisas que você nunca deve fazer.
Um cão novo em casa é sempre uma alegria imensa – e intensa. Adotar um cachorro é o mesmo que ampliar a família – afinal, um novo membro está chegando. Nossos peludos são adoráveis, leais, amigos. Por outros lados, eles precisam de muita coisa para um desenvolvimento adequado e saudável.
Você nunca deve adotar um cachorro se não tem claro por que quer fazer isto. Um cachorrinho (ou cachorrão) equivale a novas despesas – você vai gastar com alimentação, veterinário, brinquedos, etc. – e também à disponibilidade – um pet requer tempo para brincar, passear ou apenas para ficar junto, sem fazer nada.
A seguir, relacionamos seis coisas que você nunca deve fazer quando adotar um cachorro. É uma espécie de check list, para que você possa decidir se quer realmente uma companhia canina, ou apenas está tentando preencher um vazio qualquer em sua vida. Ter um cachorro é uma experiência deliciosa, mas também é uma responsabilidade intransferível.
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1. Não adote um cachorro pensando só na raça
Cães de raça são excelentes e impressionam pela beleza, pelo porte, pela elegância. Pastores alemães, em maioria, são protetores e estão sempre vigiando a família e a casa. Os poodles são fofinhos, alegres, brincalhões. Chow chows são bonitos, exóticos, atraem a atenção onde quer que passem.
No entanto, cachorros não são objetos raros para exibição. Se você puder, adote um cão sem raça definida, o simpático e popular vira-lata. Eles são (em geral) mais resistentes a doenças e podem ser encontrados em todos os portes e cores.
Na verdade, adotar um cachorro é assunto do coração. O novo membro da família chegará oferecendo aos tutores a oportunidade de zelar, cuidar, tratar, ensinar e divertir-se muito. O fato de ter ou não pedigree não interfere no relacionamento.
2. Submeta o animal a um check-up completo
Se você está apaixonado por um filhote visto em um canil (ou na internet, fato cada vez mais comum), certifique-se de que os proprietários são dignos de confiança. Visite o local, verifique as instalações, confira o temperamento dos cães adultos. Converse com o veterinário responsável, para saber sobre as vacinas, vermifugação e estado geral da saúde do “baby” e dos pais.
Caso você queira resgatar um cão já adulto que está vivendo em um abrigo, certifique-se de que ele esteja em boas condições de saúde. Na verdade, ele pode até mesmo ser um animal velhinho e um pouco adoentado, mas é importante verificar se ele pode transmitir enfermidades para a família humana e para os outros animais da casa.
3. Não apresse o período de adaptação
Dia de festa: o cachorro adotado chegou a casa. Todos estão contentes e cada membro da família quer fazer algo especial para reforçar os laços de afeto. Isto é muito bom, mas é preciso não esquecer que o recém-chegado precisa de um tempinho para se acostumar com o novo lar.
Se ele é filhote, provavelmente irá se ressentir da falta da mãe e dos irmãozinhos. Os primeiros dias serão de muito choro e, em geral, os filhotes são tímidos. Deixe que eles mesmos decidam o momento ideal para explorar o ambiente e conhecer a família.
Se o cachorro adotado já é adulto, provavelmente ele já tem seus hábitos e manias. Qualquer falha pode ser corrigida, já que os cães são animais muito inteligentes. Mas isto leva tempo e requer paciência dos tutores. Se ele foi abandonado ou sofreu maus tratos, nada mais natural do que estar ressabiado com humanos: será necessário um período para que ele retome a confiança nos seres humanos.
4. Não prenda, mas não deixe o cachorro perdido em casa
Falando em introduzir o novo cachorro em casa, nos primeiros dias, estabeleça um espaço em que ele possa transitar. Se ele vai morar no quintal, providencie casa (ao abrigo da chuva, do frio e do vento) e mostre a ele onde estão a ração e a água. Deixe que ele explore o espaço – e até que adapte algumas coisas.
Se ele vai viver dentro de casa, é preciso ensinar onde ele pode ou não transitar. Algumas famílias não permitem a presença de cães nos quartos de dormir, por exemplo. Não existem regras certas nem erradas (a menos que sejam muito estúpidas): cada casa tem as próprias regras – e o recém-chegado precisa se submeter a elas.
Em resumo, não prenda o cachorro em um espaço qualquer (mesmo que seja em cima do sofá), mas também não o deixe perdido e atarantado, tentando adivinhar o que acontece em cada ambiente novo. Nós sabemos o que é cozinha, sala, quarto; para eles, estes cômodos são grutas desconhecidas, que podem estar repletas de perigos. Vá com calma.
5. Não adote um cachorro sem saber por quê
Algumas pessoas adotam um cachorro para preencher uma lacuna qualquer, mas a morte de um parente próximo ou um divórcio não são bons motivos para introduzir um pet em casa: ele nunca conseguirá preencher o vazio deixado por estas pessoas.
Por outro lado, adotar um cachorro ao se mudar para uma cidade (ou bairro) diferente ou quando queremos modificar o nosso estilo de vida são boas ideias. Confira quais são os seus motivos reais e tenha em mente que a adoção deve ser prazerosa para você e para o novo cão que irá entrar em sua vida.
Se você mora com parentes e amigos, certifique-se de que eles também estão interessados em uma nova companhia de quatro patas. Não importa que a cada seja sua ou que seja você o responsável por pagar as contas: essas pessoas fazem parte do seu núcleo familiar e merecem expressar opinião.
6. Se você não tem disponibilidade, não adote
Talvez este seja o item mais importante: dê uma olhada em sua agenda. Você costuma passar o dia todo fora, estudando e trabalhando? Sai de casa cedinho e só volta quando a madrugada seguinte está começando? Ou, mesmo ficando em casa, é tão ocupado que não tem tempo para dividir com o novo colega de quarto?
Neste caso, adotar um cachorro não é uma boa ideia. Cães precisam passear diariamente (não apenas para fazer as suas necessidades, mas principalmente para conhecer outros humanos e caninos e adaptar-se a eles). Estes peludos são sociáveis: eles gostam de brincar ou de apenas passar um tempo ao lado da família.
Se a sua agenda é muito corrida, estude a ideia de adotar um gato. Eles são tão apaixonantes quanto os cachorros – preferências à parte –, mas são independentes. Mesmo assim, eles precisam de companhia, mesmo que não demonstrem isto tão efusivamente quanto os cães.
Se, pensando no seu dia a dia, não há espaço nem para cães, nem para gatos, considere outras opções: ferrets, passarinhos, peixes num aquário, répteis ou anfíbios num terrário. Estes não são animais sociais, mas preenchem a nossa necessidade de companhia.
Uma última consideração: adoção é um termo originado do latim que significa “perfilhar”, isto é, tomar algo ou alguém como o próprio filho. Significa aceitar o cachorro adotado como membro da família, com todos os direitos e deveres.
Se você não concorda com isto, provavelmente não terá um bom relacionamento com um amigo de quatro patas. Este fato, em si, é neutro – não é bom nem ruim. Trata-se do temperamento de cada um. Só fica ruim quando, mesmo sabendo que não temos disponibilidade, insistimos em levar outro ser para nossa casa.