04. Puxões no rabo
A cauda dos cachorros, uma extensão da coluna vertebral, é fundamental para o equilíbrio e a locomoção – este é um dos motivos por que, no Brasil a caudectomia (corte da cauda) por motivos estéticos é desaconselhada pelos órgãos que representam a Medicina Veterinária.
Ela é composta por vértebras (entre cinco e 20, o que explica por que é mais longa em algumas raças e varia de indivíduo para indivíduo) separadas por discos intervertebrais, o que permite uma série de movimentos rápidos e de diferentes intensidades.
A cauda é importante na linguagem corporal dos peludos. Quando eles estão atentos, ela é portada alta: quando estão excitados e alegres, é esticada e balança livremente; quando fazem festa, é lançada de um lado para outro como se fosse um chicote; quando estão com medo, por fim, ela é portada entre as pernas traseiras, em sinal de submissão.
Com tantas funções orgânicas e comportamentais, a cauda dos cachorros naturalmente fica exposta: é preciso que os que estão à volta consigam visualizá-la. Por outro lado, esta exposição facilita uma série de acidentes.
É difícil encontrar um tutor que não tenha pisado na cauda do cachorro sem querer. Muitas vezes, ela fica esticada e relaxada bem no meio do caminho. Os peludos também se envolvem em acidentes quando a cauda se prende em portas ou cercas.
A cauda é provida de diversos terminais nervosos e, por isso, é muito sensível. A maioria dos cachorros não gosta que segurem o apêndice. Ele pode ser objeto de carícias e afagos, mas nunca de puxões ou agarradas violentas.
Mas, como os acidentes são comuns, muitos cachorros já vivenciaram problemas com a cauda e guardam memória vívida dessas situações. Este é mais um bom motivo para não quererem nenhum curioso agarrando e puxando.