12 coisas que apenas os donos de cães entendem

Certas coisas, só os donos de cães vivenciam. Confira nossa listagem e comprove: você entende bastante disto tudo.

Os tutores, popularmente chamado de donos desenvolvem habilidades especiais. Ter um filho não humano requer atenção, cuidado, carinho, disciplina. Mas mesmo as pessoas mais organizadas, que planejam cada instante da vida, acabam se perdendo, em algum momento, no relacionamento com os melhores amigos do homem.

A seguir, relacionamos alguns aspectos do relacionamento entre humanos e caninos. Algumas situações podem ser constrangedoras, outras são apenas hilárias. São coisas que apenas os donos de cães entendem – e isto torna ainda mais especiais estes “macacos nus” (como definiu o zoólogo inglês Desmond Morris em seu livro), entre os quais eu me incluo.

12 coisas que apenas os donos de cães entendem

1. As alegrias e desafios de ser pai de um cachorro.

Adotar um pet não é apenas introduzir um novo membro na casa e na família. Donos de cães são repentinamente dotados de uma nova forma de encarar a vida. Ter um cachorro significa adquirir milhares de momentos ternos, divertidos, tensos, aflitivos, conflituosos.

Vinicius de Moraes, no “Poema Enjoadinho”, referiu-se aos filhos dizendo: “filhos: melhor não tê-los. Mas sem tê-los, como sabê-lo”. Pode-se dizer o mesmo sobre os cães. Eles fazem bagunça, dão trabalho para passear, limpar, cuidar. Mas apenas os donos de cães entendem como é bom ter a companhia de um peludo.

2. Pelos de cachorro estão em todos os cantos. Mas você nem liga.

Quem conquistou um cão quando já era adulto sabe que um dos custos embutidos nesta adoção é renunciar definitivamente ao conceito de “limpeza total”. Claro que podemos limpar as marcas de patas enlameadas quando eles entram em casa.

Os pelos, porém, são extremamente resistentes: resistem à vassoura, ao espanador, até mesmo ao aspirador de pó. Você faz faxina na casa toda, abre as janelas para renovar o ar, jura de pés juntos que não deixará o Totó ficar na sala. O juramento dura entre dez e 20 minutos (em alguns casos, muito menos do que isto).

Depois de um tempinho de convivência, os pelos de cachorro espalhados por todos os cantos – móveis, cortinas, tapetes, roupas – deixam de ser um problema. Eles ficam ali, a gente repara, mas nem liga.

3. Ensaios sobre a voz humana.

Isto é uma inconfidência. Poucos humanos admitem, mas donos de cães treinam para encontrar o tom de voz mais adequado para “conversar” com o seu pet. Ok, eles não entendem quase nada do que dizemos, mas continuamos insistindo.

Alguns decidem falar com tatibitate, ceceando, como seu falasse com uma criança pequena (aliás, eles devem nos considerar uns perfeitos idiotas quando falamos errado). Outros capricham no treino da voz ideal para as ordens – especialmente as proferidas quando tem muito gente por perto. De um jeito ou de outro, descrevemos ensaios sobre a voz humana para garantir a comunicação. Dá certo? Provavelmente não, mas não custa tentar.

4. A aposentadoria do despertador.

Quem tem um cachorro em casa sabe que despertadores – mesmo os mais sofisticados e pontuais – passam a ser totalmente desnecessários. Nosso cãozinho, desde pequeno, aprende a desenvolver as funções do despertador, que se torna obsoleto.

Desta forma, eles pulam em nossa cama tão logo o Sol dê os primeiros sinais de vida – por volta das 6h da manhã – e garantem que nós não percamos o horário da escola ou do trabalho. Eles são tão eficientes nesta tarefa que a exercem mesmo aos domingos e feriados. Você não deixa o seu cachorro entrar no quarto? Não tem problema: ele latirá, uivará e escavará a porta até que você desperte.

5. Janelas marcadas.

Os donos de cães sabem muito bem como é isto. Não adianta passar horas limpando as vidraças, deixando as janelas transparentes para “o mundo e o sol entrarem”. A indústria de produtos de limpeza ainda não conseguiu inventar um limpa-vidros à prova de cachorros.

Cães são naturalmente curiosos e, se isto não bastasse, o mundão lá fora está repleto de sons, imagens, movimentos. Alguns podem ser perigosos, outros são apenas chamativos. E algo no íntimo do ser de nossos peludos os obriga a verificar – e lá se vão patas e focinhos, deixando impressões no vidro limpinho. Fazer o quê? Queria limpeza total, não adotasse um cãozinho…

6. Carinhas que apagam qualquer raiva.

Cães são animais obedientes. Mais do que isto: eles gostam de nos agradar. Desde pequenos – ou desde que chegam a casa, quando são adotados já adultos –, eles procuram entender a rotina e as regras, para não fazer feio com o tutor – que eles encaram como o macho alfa da matilha.

Mas, vez ou outra, eles fazem artes. Quebram coisas, espalham objetos, “sofrem acidentes” ao inspecionar um caixote qualquer. Quando são flagrados – e eles sempre são –, eles exibem todas as suas técnicas: dobram o pescoço, inclinam as orelhas (para trás ou para frente, tanto faz), espremem os olhinhos. É uma overdose de fofura a que nenhum humano consegue resistir.

A raiva cessa instantaneamente, dando lugar aos instintos paternos (ou maternos) da família humana. De qualquer forma, não adianta dar bronca em um cachorro por alguma coisa que ele tenha feito quatro, cinco ou seis horas antes. Ele simplesmente não se lembra do episódio. Talvez por isto as carinhas sejam tão convincentes.

7. Companhia constante.

Se o se cachorro puder, ele passa o tempo todo com você: 24 horas por dia, sete dias por semana. É claro que ele não pode e, quando passa muito tempo sozinho, acaba tramando algumas vinganças básicas, tais como: destruir almofadas e pés de mesa, acabar com vasos e canteiros, “ajudar” na retirada das roupas que estão secando no varal.

Dá vontade de fechar o tempo, mas, como já vimos, nossos cães conseguem apagar qualquer traço de raiva antes mesmo que comecemos a esboçá-los. O lado bom é que nós podemos adestrá-los para serem mais civilizados e ninguém, melhor do que nós, sabe da maravilha desta companhia constante.

8. Você nem lembra que vive catando cocô.

Os cães são seres apaixonantes, todo mundo sabe disso. São tão apaixonantes que nós acabamos assumindo tarefas que nem pensávamos em desempenhar. Cocô, por exemplo, é algo que, no máximo, nós limpamos na fraldinha do nosso bebê humano.

Quem não tem um cão não sabe o que é sair para caminhar todo dia (às vezes, depois de um dia muito longo de trabalho, com chuva e frio) e ainda ter que passear catando cocô: é isto ou deixar a cidade suja, mas o nosso espírito de cidadão não permitiria um abuso desses. Mas não se apoquente: sorria, este é apenas mais um percalço no caminho florido que só os donos de cães entendem.

9. Ele se apodera da sua cama e você nem percebe.

Muita gente, ao adotar um cão, costuma dizer alto e bom som: “cachorro meu não senta no sofá”. Então, chega o cãozinho muito curioso, mestre em caras e bocas para acabar com toda a nossa autoridade e vai conquistando espaço aos poucos: uma almofada, o melhor lugar no sofá e, por fim, a nossa cama.

Você já percebeu um mau jeito qualquer ao acordar? Isto é sinal de que o seu cachorro ocupou a maior e melhor parte da cama. E, se reparar bem, o colchão já está até tomando a forma do corpo dele. Fazer o quê, precisamos tratar bem os nossos melhores amigos.

10. Ele é o rei da casa, pelo menos durante a noite.

Principalmente à noite, o cão se revela. Submisso durante o dia, na madrugada ele se mostra o rei da casa. Além de fazer rondas constantes – para certificar-se de que está tudo bem – ele vai gradualmente se apossando das coisas: do tapete, do sofá, do quarto, da cama.

Na verdade, os cães são alienígenas empenhados em uma missão de conquistar a Terra e submeter os humanos aos seus caprichos. Eles estão dando início à tarefa ocupando espaços críticos em nossa casa. Não é isto? Pode ser que eles apenas queiram tudo o que nós temos, mesmo que seja para dividir conosco.

11. Companhia constante no banheiro.

Não sei se você já reparou, mas, desde que adotou o seu cãozinho (ou canzarrão), nunca mais conseguiu usar o banheiro sozinho. Basta fazer menção a ir para o WC, tocar na fechadura e – tcharam! – lá está o Totó, pronto para exercer as suas funções de companheiro fiel.

Estas funções, aliás, não se limitam à companhia. Os cães esperam o momento certo – quando a porta do banheiro é fechada – para que possam nos analisar com calma. Eles pousam os olhos nos nossos olhos e tentam adivinhar os nossos segredos mais profundos.

Mas, seja como for, isto poderia ser pior. Em lugar de ter de enfrentar a companhia – e os olhos penetrantes – do nosso partner, nós poderíamos simplesmente fechar a porta. Mas aí teríamos de suportar o focinho resfolegante, os uivos de “não quero ficar sozinho” e as patas escarafunchando a porta.

12. Cometemos o mesmo “erro”.

Mesmo com todos estes problemas provocados pelos nossos peludos, os donos de cães devem sofrer de algum transtorno mental que os faz pensar em aumentar a família. São visitas a amigos que têm uma cadela com filhotes, pesquisas rápidas na internet sobre canis e até um súbito desejo de visitar um abrigo de cães.

Pois é: quem convive com um amigo canino – e ainda existem os que se acham donos de cães – acaba desenvolvendo uma dependência profunda de latidos, lambeijos, rabinhos abanando. Mas, não precisa se preocupar: esta é uma dependência “do bem”.

Cães aliviam o estresse e a ansiedade, combatem o desânimo e são companhia para qualquer coisa a qualquer hora. Se você faz parte do clube dos “donos de cães”, parabéns: você é um privilegiado que já descobriu o prazer da companhia canina. Cedo ou tarde, os demais humanos também irão perceber.

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