Uma ciclista encontrou um cãozinho na estrada, deu uma carona e acabou levando-o para casa.
Em uma de suas pedaladas costumeiras, uma ciclista baiana encontrou um pequeno filhote perdido na estrada. O cãozinho tinha sido abandonado e não teria como sobreviver sozinho. A atleta resolveu dar uma carona para o peludinho.
O animal foi acomodado em um bolso da camiseta de ciclista e viajou no melhor estilo “filhote de canguru”. Provavelmente embalado pelo movimento suave e aquecido pelo contato com o corpo da benfeitora, o cãozinho dormiu ali mesmo, já esquecido dos perigos a que estava exposto poucos minutos antes.
A descoberta
Meire Luce de Andrade Abreu estava se exercitando na zona rural de Nordestina, na Bahia, quando encontrou um cãozinho no meio da estrada de terra, sem ninguém por perto para se responsabilizar por ele.
A atleta não pensou duas vezes. Tomou o cãozinho no colo, acomodou-o no bolso da camiseta e resolveu voltar com ele para casa. Meire tornou-se, por alguns momentos, uma verdadeira “mãe canguru”, aquecendo e confortando o filhote.
Meire é apaixonada por exercícios físicos e encontrou no ciclismo uma verdadeira vocação. Ela pedala todos os dias pelas ruas e estradas no entorno de Nordestina e já se tornou um personagem conhecido: faça chuva ou faça sol, lá está Meire e sua bicicleta.
O ciclismo, aliás, é um esporte que tem muitas vantagens: ajuda no emagrecimento, tonifica os músculos, melhora a respiração, protege o coração e o sistema circulatório, aumenta a capacidade respiratória, regula a pressão arterial, fortalece as articulações e promove a saúde mental. Além disso, é um exercício e um meio de transporte muito barato.
No caso de Meire, o ciclismo acabou agregando mais um benefício: na prática, ela acabou encontrando um grande amigo. O cãozinho foi adotado no mesmo instante em que a ciclista o viu abandonado na estrada.
A descoberta aconteceu há pouco menos de um ano, em maio de 2021. O tempo estava fechado, mas Meire não abriu mão do passeio ao ar livre. A tempestade que se anunciava se transformou em bonança para os dias de Meire, que encontrou um companheiro leal, amoroso e divertido para todos os momentos.
No momento do encontro, Meire estava pedalando acompanhada de uma amiga, que a aconselhou a resgatar o cãozinho mais tarde, porque ela não teria como carregar o filhote ao mesmo tempo que controlava a bicicleta.
Mas Meire decidiu dar um jeitinho. Ela não poderia deixar o cachorro sozinho, esperando outro meio de transporte compatível. Com muito amor, ela acomodou o cãozinho na camiseta de ciclista, constatou que o peludo estava confortável e seguiu em frente.
O cãozinho recebeu o nome de Thor, já que ele surgiu em um momento que anunciava tempestade. Agora, Thor não está mais sozinho, nem precisa se preocupar com o abandono. Ele foi recebido em uma família que já tinha outros quatro cachorros.
Meire é apaixonada por animais e Thor rapidamente se adaptou à nova rotina. Os irmãos mais velhos receberam o filhote de patas abertas, prontos para ajudá-lo a se recuperar do susto do abandono e com muitas brincadeiras para afastar a solidão.
A ciclista deixou claro: “Adotar tem que ser um gesto de amor, porque os animais têm sentimentos e percebem quando alguém gosta ou não deles”. Thor, efetivamente, foi recebido em uma família amorosa e já nem se lembra mais dos perrengues por que passou quando se viu sozinho na estrada, sem saber para qual direção seguir.
Cachorros e bicicletas
Thor é um cãozinho de pequeno porte, que pode ser carregado no colo para qualquer lugar. Mas os cães também podem se divertir em passeios de bicicleta com os tutores. Existe até uma modalidade oficial, o canicross, em que o tutor segue pedalando e o cachorro, correndo ao lado.
Os cachorros podem ser conduzidos com uma guia longa. A atividade é útil para treinar (ou reforçar) os comandos simples, como parar, seguir, virar à direita e à esquerda, etc. Basta que o tutor tenha um pouco de paciência para que a dupla continue se divertindo também durante as pedaladas.
Nos passeios, é importante escolher um trajeto mais regular, sem muitas subidas e descidas – pelo menos nos treinos iniciais. Sempre que possível, caminhos pedregosos devem ser evitados, para prevenir problemas nas patas dos peludos. E, claro, é preciso levar água para saciar a sede e hidratar os dois atletas.
Claro, para os pequenos, é sempre possível acomodá-los em cestinhas, para que eles apreciem a paisagem enquanto o tutor faz a atividade física. Também há no mercado cadeirinhas laterais auxiliares, em que cães maiores podem viajar com os pais.