O peludo mostrou para a tutora a maneira certa de cuidar do irmãozinho recém-nascido.
Os cães são criaturas adoráveis. Guardiães por natureza, eles estão sempre prontos para se desdobrar quando o assunto é cuidar e proteger. Este cachorro viu o seu irmão descoberto e rapidamente mostrou para a tutora como os bebês devem ficar agasalhados.
Os peludos são certamente os nossos melhores amigos e, nesta condição, eles se sentem no direito de demonstrar quando acham que estamos fazendo alguma coisa errada. Este cachorro ensinou a maneira correta de cuidar dos bebês.
O vídeo
A câmera, provavelmente ajustada para servir como babá eletrônica, flagrou o momento em que o cachorro percebeu que o seu irmão recém-nascido estava dormindo no sofá da sala, vestido apenas com uma fralda e sem nada para se agasalhar.
Rapidamente, o cachorro pegou uma manta, levou-a até o bebê e, usando as patas e o focinho, cobriu gentilmente o irmão, para que ele não se sinta desconfortável, nem corra o risco de pegar um resfriado.
A criança nem sequer deu um suspiro enquanto o cachorro previdente e esforçado executou a ação de proteção. Em seguida, depois de se certificar de que estava tudo certo, o cachorro olhou para a tutora, como se quisesse dizer: “É assim que se faz”.
Este bebezinho com certeza pôde passar bons minutos cochilando, aquecido e confortável, graças à atitude providencial do irmão mais velho. Naturalmente, à medida que for crescendo, a criança terá um fiel escudeiro para protegê-lo na aventura de descobrir o mundo ao seu redor.
Os motivos
Não é necessário explicar os motivos por que o cachorro cobriu o bebê. É apenas um gesto de cuidado, atenção e carinho, como muitos outros que são proporcionados na convivência entre humanos e caninos.
Um cachorro está sempre preocupado com o bem-estar da família e quem já teve a oportunidade de viver com um desses peludos sabem que eles se esforçam ao máximo para garantir a segurança e o conforto.
Mesmo os cachorros mais preguiçosos, independentes ou temperamentais podem ser flagrados em momentos de cuidado, afeto e atenção no relacionamento com a família humana e mesmo com outros pets da casa.
Os cachorros podem ser boas babás para crianças pequenas e, a menos que haja alguma restrição médica, podem conviver com os recém-nascidos desde os primeiros dias de vida. Eles identificam o cheiro do “alfa da matilha” – o pai ou a mãe – no bebê e imediatamente incorporam o novo membro à família.
Um comportamento ancestral dos cachorros também está relacionado a “enterrar” coisas de valor. Isso pode ser visto com os objetos preferidos, com alimentos e petiscos não devorados imediatamente e até mesmo com crianças.
Na natureza, os lobos enterram restos de alimentos – trata-se de uma reserva estratégica para os dias em que nenhuma presa é encontrada. A comida escondida fica menos acessível aos lobos de outras alcateias, a outros animais que partilham o ambiente e até a membros que não são “autorizados” a comer a qualquer hora, como os jovens e os submissos.
Quando um cachorro cobre um bebê (ou até mesmo uma criança mais velha), ele está simplesmente “poupando” uma coisa muito preciosa e importante para o bando – nós somos encarados como uma matilha, a quem os peludos devem respeito, obediência e muitos momentos de alegria e descontração.
Cachorros babás
Cães de qualquer raça, e também os animais sem raça canina, são excelentes babás para crianças. Os animais mais calmos, dóceis e protetores são os mais indicados. Os samoiedas, por exemplo – uma raça gigante que vive no Ártico e atua na caça e na tração de trenós – são usados há séculos para aquecer os bebês e as crianças nos dias mais frios.
O border collie é uma das raças mais indicadas. De acordo com o ranking “A Inteligência dos Animais”, organizado pelo psicólogo americano Stanley Cohen, é a raça mais inteligente, quando se trata de aprender comandos e incorporar as regras da casa.
Mas, mesmo raças consideradas agressivas, como o pitbull, o rottweiler e o mastim napolitano, podem ser usadas como babás. Tudo depende do temperamento do animal – e ninguém melhor do que os tutores para conhecer a índole dos peludos.
Vale lembrar, no entanto, que os cães maiores (de porte médio em diante) devem interagir com crianças pequenas apenas sob a supervisão de um adulto. Mesmo animais cuidadosos e carinhosos, como o São Bernardo, podem provocar acidentes involuntários, por causa do tamanho.
Alguns pequenos também requerem atenção, especialmente quando são muito mimados: eles podem ficar com ciúme das muitas atenções recebidas pelo recém-nascido, que naturalmente se torna o centro das atenções quando chega da maternidade.
Seja como for, crianças e cachorros são a combinação perfeita. Os “humaninhos” aprendem a dividir, progridem mais rapidamente no desenvolvimento motor e têm o sistema imunológico fortalecido. Os peludos, de outra parte, tornam-se mais pacientes, tolerantes e equilibrados. Com certeza, as famílias só têm a agradecer por esta parceria.