Um cachorro desaparecido foi encontrado em uma lixeira, com a cabeça totalmente envolvida por fita adesiva. Os braços e pernas também estavam imobilizados. O episódio ocorreu em Omaha (Nebraska, região central dos EUA), em abril de 2024.
O desaparecimento do animal de pequeno porte, posteriormente identificado como Leo, havia sido notificado alguns dias antes da descoberta, graças às informações de um microchip. A tutora havia dito à polícia que o cãozinho tinha fugido enquanto ela preparava o filho para a escola.
O resgate
Na noite anterior ao encontro, uma funcionária da Sweet and Associates, uma empresa de contabilidade, tinha ouvido ruídos vindos da lixeira. Ela acreditou que era um guaxinim revirando o lixo, mas não se sentiu confortável para investigar.
Na manhã seguinte, outros funcionários abriram a caçamba e encontraram Leo. A cabeça do peludo estava totalmente envolvida em fita crepe e o animal não conseguia respirar livremente. As patas também estavam imobilizadas.
O cãozinho teve sorte: a lixeira é de um modelo que se articula automaticamente com os caminhões de lixo, sem necessidade de interferência humana. A coleta na região estava prevista para apenas meia hora depois do encontro e, caso ocorresse, Leo teria sido prensado e compactado.
Kevin Wiederin, funcionário da empresa, disse à imprensa local que, na manhã do resgate, o caminhão chegou ainda mais cedo, cerca de 15 minutos depois que Leo foi encontrado. Ele disse também estar revoltado:
“Foi a coisa mais nojenta que eu vi. Não consigo imaginar fazer isso com um ser vivo, ainda mais com um cachorrinho indefeso, e depois jogá-lo fora como se fosse lixo.”
Servidores do serviço de controle de animais de Omaha foram acionados pelo escritório de contabilidade e resgataram o cachorro. Leo foi rapidamente encaminhado para a Nebraska Humane Society (NHS), um serviço de acolhimento e adoção de animais perdidos ou abandonados.
Apesar do susto, o socorro foi rápido e não gerou problemas mais graves para Leo: ele apenas ficou temporariamente carequinha. A fita adesiva foi cortada e retirada por voluntários da NHS, com o animal anestesiado. De acordo com a postagem nas redes sociais, quando acordou e se viu livre, o cachorrinho passou a brincar e abanar o rabo.
Leo foi diagnosticado apenas com uma leve irritação de pele, provavelmente causada pelo contato com o lixo, que também ficou enroscado com a pelagem. O cachorrinho ficou preso na lixeira por pelo menos 12 horas.
Reencontro com a família
A família de Leo foi identificada graças a um microchip. Trata-se de um circuito integrado de identificação implantado sob a pele dos pets, que tem o tamanho de um grão de arroz. As informações gravadas no chip podem ser lidas com um scanner. Este sistema também está disponível no Brasil.
O cachorro foi devolvido para os tutores depois que a NHS confirmou o registro de um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento de Leo. Poucos dias antes do encontro, a mãe de Leo, Erin Dillon Pasillas, havia informado à polícia que o animal tinha fugido de casa.
O episódio está sendo investigado pela polícia de Omaha. De acordo com as leis de Nebraska, negligência e maus tratos contra animais de estimação são contravenções, que podem resultar em multas de US$ 500 (cerca de R$ 2.500, pelo câmbio atual), além de detenção de até seis meses.
As chances de que os responsáveis pela agressão contra Leo sejam penalizados são pequenas. A lixeira em que ele foi encontrado está instalada em um local isolado da empresa e não há câmeras de vigilância. Mesmo assim, a NHS divulgou a oferta de uma recompensa de US$ 1.000 (R$ 5.000) por informações que levem à identificação dos infratores.