Esta cachorra perdeu as pernas traseiras, mas encontrou um jeito para andar novamente.
A história desta bela cachorra americana se tornou um exemplo de superação que está motivando pessoas ao redor do mundo. Sem as duas pernas traseiras, ela reaprendeu a andar e as imagens viralizaram nas redes sociais.
O caso de Dixie foi contado inicialmente no perfil Pups on Wheels (mascotes sobre rodas, em tradução livre), do Instagram. Diversos vídeos mostrando a agilidade da cachorra foram visualizados e compartilhados por milhões de internautas, inclusive no Brasil.
A história de Dixie
Dixie é uma cachorra americana que vive na Carolina do Norte (sudeste dos EUA), com a tutora Brittany Annabelle Ruyser, a responsável por divulgar as imagens iniciais e contar um pouco da história da cadela.
A cachorra nasceu com uma infecção óssea que provocou a paralisia dos membros posteriores. Depois de consultar diversos especialistas, Brittany ouviu o prognóstico sobre o caso: as pernas de Dixie teriam de ser amputadas.
Alguns veterinários chegaram a sugerir a eutanásia. A filhote teria a capacidade de locomoção muito comprometida – e daria muito trabalho para os tutores. Mas Brittany acreditou que Dixie deveria ter pelo menos uma chance.
E, contra todas as probabilidades, a cachorra aprendeu a lidar com a falta de pernas. As fotos e vídeos mostram que Dixie, apesar da deficiência física, consegue fazer quase tudo que os outros cachorros fazem. A peluda pode ser vista andando, correndo e nadando.
Em pouco tempo, Dixie se transformou em uma verdadeira estrela das redes sociais. Ela, que não faz ideia de ser “portadora de deficiência”, também é totalmente ao sucesso instantâneo. Dixie segue vivendo a vida da melhor maneira possível.
Dixie recuperou a saúde e a mobilidade, graças ao uso de uma prótese, mas principalmente porque é uma batalhadora. Ela não tem de enfrentar os preconceitos que os infelizmente humanos sofrem, mas as limitações são muito parecidas.
Nas duas primeiras semanas dos perfis nas redes sociais, Dixie reuniu quase 50 mil seguidores. Os internautas curtem e compartilham as imagens, ampliando o alcance. Os comentários seguem na linha de agradecimento pelo exemplo:
“Estas postagens sempre alegram o meu coração. Muito obrigado.”
“Vejo que você tem uma cadeira de rodas, mas usa apenas para as distâncias mais longas. É muito bom ver a sua independência.”
“Um grande abraço e muitos beijos para esta cachorrinha. Obrigado por mostrar o real tamanho dos meus problemas.”
Cães amputados
Assim como Dixie, muitos cães sofrem amputações, seja em função de problemas congênitos, seja por causa de traumas, como quedas e atropelamentos. Mas isto não é motivo para desistir da vida – nem nos peludos.
Quando um cão perde um braço ou perna, inicialmente ele precisará contar com o apoio dos tutores. Filhotes que nascem nessas condições acabam se desenvolvendo com mais facilidade, mas os cachorros podem se recuperar e adaptar em qualquer idade.
As cirurgias são relativamente simples e cães saudáveis se recuperam do desconforto inicial em dois ou três dias. Nas primeiras semanas, é necessário ajudá-los com as atividades básicas, como comer e fazer as necessidades básicas.
A grande preocupação inicial é com o risco de infecções. Os cortes não cicatrizados são verdadeiros chamarizes para bactérias e fungos nocivos (a cicatrização profunda dura em média 15 dias). Os tutores devem seguir as orientações da equipe médica, mas a higiene e os curativos não requerem nenhum conhecimento específico.
Os animais que sofrem amputações dos braços podem apresentar um grau de dificuldade maior, porque os membros anteriores suportam maior peso e são determinantes para o equilíbrio. A recuperação pode ser um pouco mais lenta.
Em muito pouco tempo, no entanto, eles encontram formas eficazes de se locomover. Voltam a brincar, a explorar o ambiente e a guardar a casa e a família – eles nunca perdem a característica de guardiães devotados.
Quando dois ou mais membros precisam ser amputados – como é o caso de Dixie –, provavelmente os cachorros terão de usar próteses para se locomover.
Além da recuperação física, os cachorros podem sofrer com ansiedade e depressão nos primeiros dias depois da amputação. Eles podem ficar um pouco apáticos – afinal, estão sentindo dor e dificuldade. Geralmente, no entanto, eles retomam a alegria e a descontração em poucos dias.
No dia a dia, eles encontram maneiras de caminhar, mas em situações especiais, como os passeios diários, uma cadeira de rodas se torna necessária para garantir conforto, qualidade de vida e funcionalidade.